Vertunno é a mudança.
Não o tornar-se em um futuro, mas a alteração do presente.
- A percepção do objeto determina o juízo sobre o objeto; a modificação da percepção determina a modificação do juízo sobre o sujeito.
A mudança na percepção do objeto é a mudança no sujeito: este é Vertunno.
Vertunno é a percepção do mundo nos aspectos isolados e nas relações isoladas. Vertunno é o objeto que se coloca diante do mundo tornando-se, de vez em quando, aquilo com que o mundo se regozija com o que ele é. Mas o objeto não está destituído de vontade ou de escolha, por isso, não se limita a ser considerado através da percepção do mundo mas, a esta percepção, ele impõe a sua percepção própria que influencia sobre a percepção do mundo.
Vertunno é a essência íntima do objeto capaz de escolher se mostrar um ou outro rosto a um espectador incapaz, para as suas adaptações educacionais próprias, para perceber a situação profunda de si mesmo como objeto.
Vertunno é um stregone (bruxo) no momento em que age no Sistema Social dos Seres Humanos, incitando-o a tomar em suas mãos, o seu destino próprio.
Vertunno é o amante ao mesmo tempo que zela pelo seu aspecto próprio tendo a finalidade de atrair o próprio amor.
Vertunno é a ação de adaptação subjetiva às variáveis objetivas de um guerreiro das antinomias; é aquele que prende a atenção do interlocutor para fixá-la no aspecto que lhe é mais conveniente.
Vertunno é o Ser Humano que vive uma vida ao longo do caminho de evolução do Poder de Ser particular dentro do Sistema Social, que é dominado pelas regras do Poder de Possuir.
Vertunno é aquele que vê o elefante por inteiro quando, os Seres Humanos que o cercam, conseguem distinguir mediocremente as suas particularidades sem serem capazes de compreenderem o conjunto da forma, mas mesmo assim pretendem afirmar a verdade. Exatamente pelo fato de que Vertunno é capaz de captar os aspectos íntimos dos objetos do mundo, pode aparentar ser qualquer coisa que a pessoa espera que essa coisa seja.
De qual energia Vertunno é formado? Da mesma energia que os Seres Humanos usam para se mascararem e para não parecerem muito "superiores" aos que estão ao seu redor. O Poder de Possuir impõe aos Seres Humanos para estruturarem o Sistema Social em uma hierarquia onde os vários degraus são estabelecidos por elementos que o controle é mantido por ele (dinheiro, títulos de nobreza, hierarquia religiosa, exército, presídios, etc.), mas para a massa dos Seres Humanos do Sistema Social, o Saber e o Conhecimento são elementos que constituem elementos de distinção, porquê o método de avaliação deles é diferente do método do Comando Social ao qual estão submetidos. O Comando Social é o que eles vivem no presente, que muda.
O Saber e o Conhecimento, por obra de Vertunno, são vistos pelo Comando Social como um perigo. Por isso, quem se relaciona com Vertunno, se mascara, ajudando o Sistema Social a limitar, quando é possível, a ação do Comando Social. Ou então, se manifesta limitando, até onde é possível, a ação do Comando Social sobre o conjunto social.
Este modo de agir produz a qualidade específica de energia que forma o corpo de Vertunno; os Seres Humanos que agem desse modo extraem de Vertunno a energia para cultivarem e darem continuidade a ação característica.
Texto de 1993
Elucidação atual: Marghera 15 de fevereiro de 2015
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
A tradução foi publicada 13 de novembro de 2016
Il sentiero d'oro: gli Dèi romani |
A vida representada por Juno na 'Piazza delle Erbe' em Verona
O suicídio representada por Julieta em Verona
A Religião Pagã exalta a vida triunfando na ocasião da morte.
O cristianismo exalta a morte, a dor, a crucificação e o suicídio.
Por isso os cristãos desesperados têm um patrão, que lhes promete a ressurreição na carne. |
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Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz a Bruxo (Apprendista Stregone) Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo) Membro fundador da Federação Pagã Piaz.le Parmesan, 8 30175 - Marghera - Veneza Tel. 3277862784 Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
A Religião da Antiga Roma estava caracterizada por dois elementos fundamentais. Primeiro: era uma Religião elaborada pelo homem que habita o mundo, que é constituído por Deuses, e com estes ele mantinha relacionamentos recíprocos para interesses comuns. Segundo: a Religião da Antiga Roma era a religião da transformação, do tempo, da ação, de um contrato entre os sujeitos que agem. Estas são as condições que a filosofia estoica e platônica jamais compreenderam e, a ação delas deformou, até os dias de hoje, a interpretação da Antiga Religião de Roma, nivelando-a aos modelos estáticos do platonismo e neoplatonismo primeiramente, e ao modelo do cristianismo depois. Retomar a tradição religiosa da Antiga Roma, de Numa, significa sair fora dos modelos cristãos, neoplatônicos e estoicos para se retomar a ideia do tempo e da transformação em um mundo que se transforma.