Sumano é Júpiter, assim como Salacia é Netuno.
Sumano é o céu com a carência da luz. Sumano é a parte escura da Luz.
Sumano é aquilo que se esconde da luz somente porque a luz não pode mirá-lo.
Júpiter é o céu. O cobertor do Ser Terra seja quando o Ser Sol a pervade seja quando este some da visibilidade.
Sumano constitui a parte escura. O prenúncio da luz; o prelúdio da vida; ele próprio vida.
Sumano é a soma do céu em relação ao Ser Terra e ao Ser Natureza.
Sumano é diferente de Júpiter: carece da irradiação solar. Os Seres da Natureza, que se espelham em Sumano, são diferentes dos Seres da Natureza que se espelham em Júpiter.
Os Seres Humanos buscam em Sumano o silêncio. A Espécie Humana vive e procede, de acordo com o pensar da razão, em decorrência da luz solar. O ponderar da razão constrói a descrição do mundo; invade os olhos, os ouvidos e todos os órgãos dos sentidos. Sumano, para a Espécie Humana, é silencioso.
Sumano é discreto para os Seres Humanos, e estes são capazes de superar as barreiras do que é pensado pela razão. Através desta superação, os Seres Humanos estão em condições para fazer explodir a percepção emotiva de todos os sujeitos que têm desejos na existência.
Por este motivo, Sumano solicita para ser lembrado de uma maneira diferente de Júpiter. Ele é Júpiter, mas é diferente de Júpiter. É o mesmo Júpiter que age em dois mundos diversos, mas em cada um dos mundos, enquanto age, um Júpiter diferente manifesta as ações. O mundo em que se age constrói o sujeito age nesse mundo.
Para a Espécie Humana lembrar de Sumano significa recordar para onde se abrigar do Comando Social, para pode viver alterando a percepção particular sem que esse Comando possa criminalizar ações que desconhece.
Recordar Sumano significa recordar o período do dia no qual o silêncio das Linhas de Tensão, que atravessam toda a realidade da existência, permite ao indivíduo superar a descrição da razão de modo que lhe seja consentido abrir as asas da sua percepção.
Recordar Sumano significa recordar o silêncio ao qual o Ser Humano deve chegar, para fazer explodir as suas percepções privadas e, consequentemente, conseguir relacionar-se com cada sujeito que o cerca.
Sumano é, por isso, o trâmite através do qual o Ser Humano, alterando a percepção, alinha as suas emoções e desejos pessoais com as emoções e desejos dos sujeitos do mundo. Ao fazer isto, cada Ser Humano, em particular, se torna Júpiter.
Sumano, reiterando, é o procedimento através do qual tornamo-nos Júpiter.
Tornar-se Júpiter significa perceber as tensões da atmosfera do planeta, os seus desejos, os seus pensamentos, as suas necessidades, o plano do seu vir-a-ser. E perceber, significa participar.
Texto de 1993
Revisado na formatação atual: Marghera, janeiro de 2019
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
A tradução foi publicada 10.03.2019
Il sentiero d'oro: gli Dèi romani |
A vida representada por Juno na 'Piazza delle Erbe' em Verona
O suicídio representada por Julieta em Verona
A Religião Pagã exalta a vida triunfando na ocasião da morte.
O cristianismo exalta a morte, a dor, a crucificação e o suicídio.
Por isso os cristãos desesperados têm um patrão, que lhes promete a ressurreição na carne. |
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Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz a Bruxo (Apprendista Stregone) Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo) Membro fundador da Federação Pagã Piaz.le Parmesan, 8 30175 - Marghera - Veneza Tel. 3277862784 Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
A Religião da Antiga Roma estava caracterizada por dois elementos fundamentais. Primeiro: era uma Religião elaborada pelo homem que habita o mundo, que é constituído por Deuses, e com estes ele mantinha relacionamentos recíprocos para interesses comuns. Segundo: a Religião da Antiga Roma era a religião da transformação, do tempo, da ação, de um contrato entre os sujeitos que agem. Estas são as condições que a filosofia estoica e platônica jamais compreenderam e, a ação delas deformou, até os dias de hoje, a interpretação da Antiga Religião de Roma, nivelando-a aos modelos estáticos do platonismo e neoplatonismo primeiramente, e ao modelo do cristianismo depois. Retomar a tradição religiosa da Antiga Roma, de Numa, significa sair fora dos modelos cristãos, neoplatônicos e estoicos para se retomar a ideia do tempo e da transformação em um mundo que se transforma.