Robigo - fazer-se Vênus diante dos problemas do mundo

Os Deuses na Religião Romana
A Estrada de Ouro

Claudio Simeoni
traduzido por Dante Lioi Filho

Índice da Religião Romana

 

Fazer-se Vênus com o fito de esconjurar o ataque daquilo que nos pode danificar.

As doenças das plantas eram muito temidas. As "doenças das plantas" não são simples doenças, são efeitos produzidos por Seres que têm o escopo de expandirem-se para obedecer à lei mais geral das necessidades das suas vidas. Era necessário combatê-las ou realizar, em referência a elas, atos virtuosos tais que obrigava os insetos a não se comportarem com avidez excessiva ao praticar o seu direito de expansão.

O povo romano fazia-se Vênus estimulando a ferrugem para não ser muito agressiva.

Deste modo, os Seres eram honrados, dos quais a ferrugem era a manifestação da ação por eles praticada, por meio de ritos que tinham a intenção de concentrar a Atenção dos presentes para que estivessem atentos à contenda em oposição às condições que produziam a ferrugem.

Através da concentração da atenção das pessoas, em relação aos problemas identificados, a ferrugem não progredia mais na intensidade, e a colheita estava garantida. Os Seres que, da ferrugem adquiriam força e vida, se desenvolviam, no entanto consentiam que os Seres Humanos não fossem excessivamente prejudicados.

Fazer-se Vênus constitui algo desconhecido dos cristãos.

Eles submetem o inimigo a uma atitude de intransigência, ao invés de intermediar quando existe a possibilidade de interferência.

Estes ritos, que se apresentavam num desenrolar de procedimentos, procissões e cantos, eram celebrados em 25 de abril em um bosque sacro no sul de Roma. Eram de tal modo potentes e eficazes que os cristãos quiseram imitá-los usando-os e celebrando-os para a glória do seu deus-patrão.

Os cristãos modificaram o percurso das Robigálias e, no lugar dos hinos, impuseram as litanias de constrição e de submissão.

Estes percursos, denominados procissões, permaneceram até há pouco tempo.

Inicialmente os percursos das Robigálias foram modificados com a inserção da parada de S. Pedro, posteriormente as litanias foram exportadas a todas as cidades, compostas para a ocasião, e então, passaram a ser recitadas somente na igreja.

Somente nos casos de graves calamidades naturais, ou de epidemias de doenças, é que eram feitas as procissões recitando-se em coro as litanias.

Os cristãos, delas, têm apenas a miséria moral que ostentam, disseminam, e as impõem por meio do uso da cruz, mas os seus padres nada conseguem enxergar exceto o poder que lhes foi concedido em troca da humilhação dos Seres Humanos incapazes de defesa.

As Robigálias têm um caráter mágico que os padres cristãos nunca conseguiram usar ao seu favor. Estes, usam a procissão, para implorar ao seu deus que afaste a calamidade, que lhes angustia, com a sua espada de fogo; no entanto, eles esquecem que eles são a causa primária das calamidades que acontecem nas vidas dos homens. A antiga religião romana não pretende dominar o homem, submetendo-o, mas chama a atenção do homem para que esteja atento às suas ações praticadas no mundo em que ele vive.

São os problemas da existência que constituem o objeto que deve ser enfrentado pela Religião Romana, diferentemente do cristianismo que tira proveito dos problemas da existência submetendo o homem.

Enorme é a diferença entre os dois modos de ser.

 

Texto de 1993

Revisado no formato atual: Marghera, outubro de 2018

 

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

A tradução foi publicada 11.02.2019

 

Il sentiero d'oro: gli Dèi romani

A vida representada por Juno na 'Piazza delle Erbe' em Verona

 

O suicídio representada por Julieta em Verona

 

A Religião Pagã exalta a vida triunfando na ocasião da morte.

 

O cristianismo exalta a morte, a dor, a crucificação e o suicídio.

 

Por isso os cristãos desesperados têm um patrão, que lhes promete a ressurreição na carne.

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Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz a Bruxo (Apprendista Stregone)

Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo)

Membro fundador

da Federação Pagã

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A Religião da Antiga Roma

A Religião da Antiga Roma estava caracterizada por dois elementos fundamentais. Primeiro: era uma Religião elaborada pelo homem que habita o mundo, que é constituído por Deuses, e com estes ele mantinha relacionamentos recíprocos para interesses comuns. Segundo: a Religião da Antiga Roma era a religião da transformação, do tempo, da ação, de um contrato entre os sujeitos que agem. Estas são as condições que a filosofia estoica e platônica jamais compreenderam e, a ação delas deformou, até os dias de hoje, a interpretação da Antiga Religião de Roma, nivelando-a aos modelos estáticos do platonismo e neoplatonismo primeiramente, e ao modelo do cristianismo depois. Retomar a tradição religiosa da Antiga Roma, de Numa, significa sair fora dos modelos cristãos, neoplatônicos e estoicos para se retomar a ideia do tempo e da transformação em um mundo que se transforma.