Pietas - estar atentos ao mundo em que se vive

Os Deuses na Religião Romana
A Estrada de Ouro

Claudio Simeoni
traduzido por Dante Lioi Filho

Índice da Religião Romana

 

É a personificação de um modo de agir do Ser Humano em relação ao circunstante.

Inicialmente indicava o comportamento do Ser Humano em relação aos Seres da existência: atenção discreta.

Era um modo de agir através do qual as carências do Ser Humano eram supridas mantendo, todavia, atenção às necessidades dos Seres Humanos que agiam em seu derredor. Agir com respeito. Sem saquear.

Era um imperativo moral que foi transformado em obrigação no tocante ao imperador.

A Pietas no que se refere aos genitores; a Pietas em relação à cidade; a Pietas em referência à autoridade.

Com a chegada do cristianismo, esta divindade, que alimentava a atenção humana e a sensibilidade do homem, deixou de ser a atenção dirigida às carências existentes em derredor, e então transformou-se em pietismo. O pietismo é a atitude do mais forte para ser caridoso em relação ao mais fraco, mas somente quando o mais fraco aceita permanecer sempre débil para, deste modo, permitir que o mais forte doe a sua própria piedade.

De um sujeito divino que se alimenta dos relacionamentos na sociedade, a Pietas torna-se pietismo. Um zelo no relacionamento entre Seres iguais, torna-se um comando imposto pelo Comando Social para se garantir e preservar a si próprio.

A piedade torna-se uma arte para reproduzir a miséria que está a serviço do Comando Social.

Isto fez os imperadores romanos colocarem as bases para a chegada do cristianismo que, na medida em que é um disseminador da miséria, já era um campeão de piedade.

A Pietas era um princípio da civis que estimulava a atenção das pessoas.

Quando aqueles que estão na miséria decidem mudar o seu próprio estado, a sua postura de pietismo, os cristãos especificamente, passam para a ferocidade do massacre. A Piedade se adapta bem aos cristãos, contanto que o objeto da piedade conquiste a benevolência dos cristãos, mediante a prostração, com a subserviência, e com a sujeição a eles. Quando as pessoas frágeis ou débeis não se submetem a eles, então, os cristãos, neste caso, recorrem às espadas, canhões e bombas sobre os miseráveis.

Conforme estabelecem os Provérbios e Paulo de Tarso: "Se o teu inimigo tem fome, dá-lhe de comer, se ele tem sede, dá-lhe água para beber, ama o teu inimigo porque assim amontoarás carvões em brasa sobre a sua cabeça".

Esta é a definição de pietismo dos cristãos.

Pietas, todavia, se nutre da energia com a qual a nossa atenção capta a atenção dos sujeitos do mundo. Pietas é um guardião vigoroso da nossa existência porque, desde que nós consentimos que os sujeitos do mundo entrem no nosso campo emotivo, os sujeitos do mundo alimentarão as nossas transformações subjetivas.

 

Texto de 1993

Revisado no formato atual: Marghera, setembro de 2018

 

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

A tradução foi publicada 13.gennaio.2019

 

Il sentiero d'oro: gli Dèi romani

A vida representada por Juno na 'Piazza delle Erbe' em Verona

 

O suicídio representada por Julieta em Verona

 

A Religião Pagã exalta a vida triunfando na ocasião da morte.

 

O cristianismo exalta a morte, a dor, a crucificação e o suicídio.

 

Por isso os cristãos desesperados têm um patrão, que lhes promete a ressurreição na carne.

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Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz a Bruxo (Apprendista Stregone)

Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo)

Membro fundador

da Federação Pagã

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Tel. 3277862784

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A Religião da Antiga Roma

A Religião da Antiga Roma estava caracterizada por dois elementos fundamentais. Primeiro: era uma Religião elaborada pelo homem que habita o mundo, que é constituído por Deuses, e com estes ele mantinha relacionamentos recíprocos para interesses comuns. Segundo: a Religião da Antiga Roma era a religião da transformação, do tempo, da ação, de um contrato entre os sujeitos que agem. Estas são as condições que a filosofia estoica e platônica jamais compreenderam e, a ação delas deformou, até os dias de hoje, a interpretação da Antiga Religião de Roma, nivelando-a aos modelos estáticos do platonismo e neoplatonismo primeiramente, e ao modelo do cristianismo depois. Retomar a tradição religiosa da Antiga Roma, de Numa, significa sair fora dos modelos cristãos, neoplatônicos e estoicos para se retomar a ideia do tempo e da transformação em um mundo que se transforma.