Giordano Bruno

1548 - 1600

Um filósofo do século 1500

1500 - A caça às bruxas e aos bruxos

A história da Bruxaria (Stregoneria) de 800 a 1800
Oitava parte - Um dos filósofos que a representa

Claudio Simeoni
traduzido por Dante Lioi Filho

História da Bruxaria

 

Foi torturado durante anos. Os católicos comprimiram a sua língua em uma morsa de ferro para que não falasse, enquanto o conduziam à fogueira que o consumiu. Em Veneza Bruno conhece tanto a Galilei como a Paolo Sarpi. Bruno foi à Veneza a convite de Giovanni Mocenigo, que acreditava ser esperto e roubar a magia de Bruno. Esse ser putrefato, não conseguindo compreender como a magia de Bruno consistia na força da transformação, denunciou-o ao santo ofício que, depois de anos de tortura (denominada por eles de processo; Jesus de Nazaré teve um processo justo e uma pena justa), fê-lo queimar.

Quais eram os conceitos fundamentais do pensamento de Bruno? Antes de qualquer comentário, consistiam em cada aspecto, em cada momento da realidade natural onde é organizado, ordenado e sustentado por uma força viva e motivadora. Em outras palavras, o divino não é um deus externo ao mundo e patrão deste, mas está ao redor, nos objetos que nos rodeiam.

Bruno renuncia às especulações teológicas para se voltar ao mundo natural onde o divino é descoberto e, assim, alcança a percepção dos mundos infinitos, construindo uma filosofia e um pensamento panteístas.

Através disto, desenvolve um desprezo profundo em relação às religiões reveladas e afirma que elas constituem um conjunto de superstições, por meio das quais, os Seres Humanos são enganados.

Para Giordano Bruno, os católicos, os luteranos, os calvinistas estão englobados nas superstições, a vida moral deve ser uma impetuosidade heroica mediante a qual o homem, o filósofo, num tipo de movimento dinâmico, isto é, num impulso espontâneo do ânimo intuitivo, obtém a unidade profunda e infinita do todo.

Giordano Bruno é um guardião do pensamento livre. Um guardião que discute o âmbito do condicionamento educacional que é imposto, e a necessidade de se buscar uma forma de condicionamento do mundo onde ele viveu.

O problema que deve ser colocado, quanto aos católicos, não é a reabilitação de Bruno, não há necessidade disto, mas é a condenação total, absoluta e sem reservas, de cada católico que contribuiu diretamente, ou indiretamente, para a sua condenação, primeiramente, entre todas as hierarquias católicas daquela época e as de hoje!

 

1997

 

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

A tradução foi publicada 25.11.2018

 

 

 

Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz Bruxo (Apprendista Stregone)

Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo)

Tel. 3277862784

e-mail: claudiosimeoni@libero.it

A História da Stregoneria

A história da Stregoneria (Bruxaria) não constitui uma história de homens ou de chefes. A história da Stregoneria é a história do vir-a-ser das ideias, do modo com que os homens enxergam o mundo e a vida social. A história da Stregoneria é a história da modificação do presente no qual o cristianismo aprisionou o vir-a-ser da humanidade.