Volturno é a água. Não a água em si mesma, mas a água em ação impetuosa, em agitação, no seu eterno caminhar dos montes ao mar.Uma água plácida, pronta a se transformar em uma enxurrada impetuosa e, abruptamente pronta, a arrastar tudo.
Volturno é a ação prescrita por uma necessidade que tem a finalidade de obter um equilíbrio.
Afastar o Ser Mosquito com um gesto rápido com o objetivo de restabelecer o estado de ânimo anterior eliminando, assim, a origem do aborrecimento: é Volturno.
Volturno é a água nos recipientes que têm comunicação no tempo em que busca um equilíbrio.
Volturno é a ação finalizada.
Volturno não provoca as oposições, mas é a saída das oposições por meio de uma adaptação do sujeito.
Volturno pode ser visto, com todo o seu esplendor, no rio em inundação, rompendo as barragens e retomando as terras que lhe foram roubadas pelo Poder de Possuir dos Seres Humanos.
Se desejamos ver Volturno em condições miseráveis, olhemos aos Seres Humanos que, subordinados aos aborrecimentos, não são mais capazes de reagirem a essas condições modificando-as.
Volturno é água. Nunca fogo.
A ação da água é a expansão, como é a vida.
A água não se esgota. A ação do fogo é devoradora, ele termina quando não há mais nada para consumir.
A água se renova constantemente, de modo igual é incessante a ação para restabelecer uma situação de calmaria. Os rios às vezes escorrem calmos, outras vezes impetuosos, sempre na mesma direção. Desta maneira é a ação que propende à quietude, às vezes é veloz e enraivecida, outras vezes constrói lentamente.
Este é Volturno!
A festa dedicada a Volturno era no dia 27 de agosto, quando o verão era tórrido e a terra rogava por água para refrescar-se. A festividade era uma concentração da Atenção através da qual solicitava-se a chuva: com o propósito de a umidade no ar se transferir sobre a terra.
*Nota acessória*:
Muitos são os Deuses que manifestam mecanismos para a saída das contrariedades, na Religião Romana. Sendo uma Religião que encontra os Deuses nas ações e nas relações, a saída da relação ou a solução no relacionamento representa um divino que a Religião de Roma não pode dispensar.
Em cada ação Roma capta os Deuses, aquele determinado deus que se manifesta naquela ação específica, sendo essa ação o próprio deus que se manifesta representando-a. A água que sai da relação, da contradição da sua existência jorrando de uma fonte e precipitando-se em direção ao mar representa uma ação divina da qual a força dessa ação se exprime também nos Seres Humanos e estes, quando devem se liberarem das oposições ou de certos tipos de relações, se fazem Volturno arrastando as barreiras para alcançarem o mar da vida.
Texto de 1993
Sistematização atual: Marghera, 15 de fevereiro de 2015
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
A tradução foi publicada 30 de novembro de 2016
Il sentiero d'oro: gli Dèi romani |
A vida representada por Juno na 'Piazza delle Erbe' em Verona
O suicídio representada por Julieta em Verona
A Religião Pagã exalta a vida triunfando na ocasião da morte.
O cristianismo exalta a morte, a dor, a crucificação e o suicídio.
Por isso os cristãos desesperados têm um patrão, que lhes promete a ressurreição na carne. |
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Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz a Bruxo (Apprendista Stregone) Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo) Membro fundador da Federação Pagã Piaz.le Parmesan, 8 30175 - Marghera - Veneza Tel. 3277862784 Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
A Religião da Antiga Roma estava caracterizada por dois elementos fundamentais. Primeiro: era uma Religião elaborada pelo homem que habita o mundo, que é constituído por Deuses, e com estes ele mantinha relacionamentos recíprocos para interesses comuns. Segundo: a Religião da Antiga Roma era a religião da transformação, do tempo, da ação, de um contrato entre os sujeitos que agem. Estas são as condições que a filosofia estoica e platônica jamais compreenderam e, a ação delas deformou, até os dias de hoje, a interpretação da Antiga Religião de Roma, nivelando-a aos modelos estáticos do platonismo e neoplatonismo primeiramente, e ao modelo do cristianismo depois. Retomar a tradição religiosa da Antiga Roma, de Numa, significa sair fora dos modelos cristãos, neoplatônicos e estoicos para se retomar a ideia do tempo e da transformação em um mundo que se transforma.