Nerio é a determinação.
Nerio personifica a determinação que cresce dentro do Ser Humano, quando este se relaciona com os sujeitos na objetividade em que vive.
Nerio é uma Fúria, não muito "furiosa", que permite ao Ser Humano preparar-se, de acordo com sua possibilidade, para enfrentar a realidade.
A visão manifestada aos videntes itálicos é a da Energia Vital dentro de um Ser Humano, que se transforma em uma bola que vai reduzindo de volume, gradativamente, quando a determinação aumenta de intensidade dentro do Se em si mesmo.
É o Ser Humano que se compacta e é Nerio que toma posse do Ser humano, permitindo-lhe enfrentar com segurança a objetividade em que ele vive.
Em muitas interpretações do Mito, Nerio está vinculado à questões militares porque, o combate armado, representa um tipo de oposição que, se não for resolvida favoravelmente, implica no fim das mudanças e das transformações para os sujeitos que sucumbem.
Nerio não é somente isto.
Nerio é o poder da vida que, tornando-se vontade para existir, compacta e organiza o indivíduo dia após dia.
Nerio está muito próxima de Marte, Marte é a contestação que é solucionada por meio da guerra, Nerio é a determinação do Ser Humano que está para resolver a resistência oposta, trazendo o menor dano possível. Mas, enquanto Marte é análogo também para a guerra que frequentemente os Seres Humanos sofrem, Nerio tem uma relação diferente nos Seres Humanos, conforme a sua determinação ao afrontar um certo tipo de desacordo.
Marte é uma objetividade porque é parte da existência; Nerio pertence ao Ser fazendo-o de modo a desenvolvê-lo, em função dos seus propósitos pessoais, bem como das suas próprias necessidades. Quando o Ser Humano se fortifica ao afrontar uma dificuldade, está manifestando Nerio, no seu interior. Ele mesmo é Nerio. Pode ser também Belona. Mas, enquanto Belona tende a se apoderar do Ser, Nerio está sempre ao serviço do Ser. Belona sai de dentro do Ser Humano como uma enxurrada total, Nerio é construído pelo Ser Humano, dia após dia, por meio do exercício das suas determinações e da sua vontade na objetividade. Quando um Ser Humano aprendeu a se transformar em Nerio, em todos os momentos da sua existência, qualquer outra atitude parecer-lhe-á tola, inútil e perniciosa.
Nerio aparece na ação do Ser Humano através da qual ele enfrenta a objetividade da existência, impondo a esta o respeito por si mesmo e por suas determinações, isto é, usando da vontade e do querer.
A ausência de Nerio, do Ser Humano, pode ser percebida pela rendição do indivíduo que acredita estar vencido, pela sua lamentação incessante, pela sua ausência de raiva, pela incapacidade de conduzir as suas energias individuais à sua Vontade particular, com o fito de satisfazer as suas aspirações e as suas necessidades.
Texto de 1993
Revisado no formato atual: Marghera, junho de 2018
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
A tradução foi publicada 17.12.2018
Il sentiero d'oro: gli Dèi romani |
A vida representada por Juno na 'Piazza delle Erbe' em Verona
O suicídio representada por Julieta em Verona
A Religião Pagã exalta a vida triunfando na ocasião da morte.
O cristianismo exalta a morte, a dor, a crucificação e o suicídio.
Por isso os cristãos desesperados têm um patrão, que lhes promete a ressurreição na carne. |
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Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz a Bruxo (Apprendista Stregone) Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo) Membro fundador da Federação Pagã Piaz.le Parmesan, 8 30175 - Marghera - Veneza Tel. 3277862784 Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
A Religião da Antiga Roma estava caracterizada por dois elementos fundamentais. Primeiro: era uma Religião elaborada pelo homem que habita o mundo, que é constituído por Deuses, e com estes ele mantinha relacionamentos recíprocos para interesses comuns. Segundo: a Religião da Antiga Roma era a religião da transformação, do tempo, da ação, de um contrato entre os sujeitos que agem. Estas são as condições que a filosofia estoica e platônica jamais compreenderam e, a ação delas deformou, até os dias de hoje, a interpretação da Antiga Religião de Roma, nivelando-a aos modelos estáticos do platonismo e neoplatonismo primeiramente, e ao modelo do cristianismo depois. Retomar a tradição religiosa da Antiga Roma, de Numa, significa sair fora dos modelos cristãos, neoplatônicos e estoicos para se retomar a ideia do tempo e da transformação em um mundo que se transforma.