Júpiter é o céu.
O céu, como um complexo vivo e dominante sobre o planeta, aonde e onde vive o Ser Humano e os outros Seres da Natureza.
Não o céu das profundezas dos espaços siderais, mas a atmosfera terrestre na sua totalidade que envolve a Terra como um manto de proteção.
Cada componente seu é uma Autoconsciência e é autônoma (como o vento, ou o temporal ou o ciclone), mas o conjunto forma uma Autoconsciência independente, soberana.
Júpiter existe por si mesmo, independente da existência do Ser Humano e da Natureza.
Apesar disso, unicamente a transformação de Júpiter por parte da Natureza permitiu a existência do Ser Humano.
Júpiter se transforma, muda, torna-se, vem a ser através de mutações contínuas em relação à objetividade, mas não está vinculado ao Ser Humano por este nele estar contido, ao contrário, tem uma dimensão própria.
Vênus toma forma e Consciência pelo agir dos Seres Viventes na Natureza, Vulcano e Vesta pelo fogo, Silvano e Fauno pelas consciências formadas nos processos do vir a ser da Natureza em relação aos Seres Humanos; Júpiter em vez disso é o mais antigo de todos eles, e adquire forma e existência antes mesmo que a Natureza inicie os seus processos de transformação.
Júpiter é cobertor do planeta antes até mesmo que esta sua perfomance fosse auxiliada e tivesse se integrado à Natureza.
O nascimento e o desenvolvimento da Natureza implicará em uma transformação de Júpiter (isto é, da Atmosfera), como processo de adaptação subjetiva às variáveis objetivas, mas a sua Consciência se desenvolverá muito mais prodigiosamente naquilo em que para a Natureza não acontecerá.
Júpiter é o ar que os Seres da Natureza respiram. Júpiter é a mudança das estações, Júpiter são as nuvens, granizo, chuva, trovões e raios.
Júpiter constitui as oposições do céu que, dominando o Ser Natureza, determinam a sua adaptação.
Júpiter está em todos os lugares: como ar respirado e para ser aspirado.
Júpiter é potente na sua menor parte, como o raio; Júpiter é potente na imensidão como demonstra quando varra a terra com um tufão.
Júpiter é o Ser supremo para todos os Seres da Natureza, o último que é encontrado antes de ser atingido o espaço sideral em que se pode mover-se apenas em forma de Energia.
Júpiter é o ser soberano, aquele que intercede, defende-nos da Energia proveniente do Ser Sol ao Ser Terra reciprocamente.
É um Ser em que a Consciência é tão grande como o próprio Planeta.
Ele se nutre predominantemente de Energia Vital proveniente do espaço, diferentemente do Ser Natureza que se nutre predominantemente de Energia Vital proveniente do Planeta.
Pode-se dizer que Júpiter manipula a Energia Vital originária do Sol, e das Estrelas, antes de descarregá-la sobre a Terra; a Natureza manipula a Energia Vital proveniente da Terra antes de descarregá-la no espaço atravé de Júpiter.
Júpiter é o dia da vida para a Natureza; esta pôde desenvolver-se somente pela presença de Júpiter e pela função dele em ser um cobertor do Planeta.
Júpiter, luz do vir a ser!
Pouco importa se para o seu reforço a Natureza teve de transformar Júpiter; cada elemento da objetividade descarrega em outros o próprio existir e este descarregar é modificação contínua.
Como é o relacionar-se com Júpiter?
Existindo!
Expandindo o Poder de Ser próprio, determinando o vir a ser particular, enchendo-se os olhos com o espetáculo imenso do céu.
Como se acumula Energia Vital obtida de Júpiter?
Quando, alterando-se a percepção dos sentidos, deixamo-nos transportar pelo vento a outros lugares, a outras "dimensões" com o que percebemos.
Quando se cede Energia Vital a Júpíter?
Quando são construídos momentos de calma interior enquanto há uma harmonização, na expectativa, com a mudança dos eventos atmosféricos como manifestação física dos eventos emotivos.
Qual é o desejo de Júpiter?
Suportar impulsos dos Seres da Natureza através dos quais possa construir novas adaptações, novo vir a ser e, com isto, desenvolver ulteriormente a sua Autoconsciência individual.
O que importuna Júpiter?
Indivíduos de joelhos que renunciaram a expansão da vontade individual, oprimidos (por vontade alheia externa), aqueles que se deixam dominar, ou em situações análogas a isto. Assim Numa avalia "...que seja digno de conversar com ele".
O que é irrelevante a Júpiter?
A devastação!
O desprezo pela atmosfera efetuado pelos Seres Humanos que, mesmo fazendo parte do vir a ser característico, danificam a eles mesmos mais do que ao próprio Júpiter.
Qual é o relacionamento entre Júpiter e os Seres Humanos?
É aquele que os Seres Humanos desejam, cada vez que cometem uma ação e essa ação envolve e modifica o próprio céu.
Para Júpiter os Seres Humanos são indiferentes porém, como o céu é mudável, dessa forma as ações dos Seres Humanos modificam o céu e eles por sua vez são mutáveis naquela direção submetida à operação deles, mudando a direção na qual o céu se transforma. Céu e Seres Humanos são modificáveis convivendo, pois, em mutações recíprocas em relacionamento continuado. As garantias são mudadas quando o céu intervém porquê o céu adia o agir humano e, com o agir humano mantém relacionamentos e conforme a ação humana pode enriquecer a espécie assim como também, pelo agir humano, o céu pode enfraquecer a espécie.
Ao céu compatibilizam-se as mudanças e o vir a ser, mas não lhe agrada as mudanças muito rápidas às quais não é possível responder com uma adaptação subjetiva que requer tempos rápidos. Os tempos de intervenção e de transformação do céu não são os mesmos tempos de participação e de transformação dos Seres Humanos.
Júpiter influencia nos contratos, nas regras, nas leis, enquanto estas delimitam e disciplinam as ações do homem estabelecendo, com elas, a direção da transformação do presente, conforme os objetivos que os homens estão predispostos a atingirem, modificando, assim, os limites "morais" juridicamente impostos porque, o que existe, já tem os limites que serão atingidos pela ação humana.
Comando Social se substitui à objetividade do que existe, e projeta a sua subjetividade, particular, impondo-a como uma objetividade útil e necessária. Primeiramente Augusto (imperador) se eleva à categoria de Júpiter, e depois, o deus-patrão cristão afastará o homem e o seu relacionamento com o céu.
Só que enquanto Júpiter é a objetividade da vida, o Comando Social é a administração da miséria dentro da própria espécie humana para representar-se como uma imagem dele mesmo.
O Comando Social elege-se a 'Optimo Maximo' e, desta forma, elege-se como o Comando Social que transfere a si o próprio o querer do deus-patrão. Em outras palavras elege-se: Se deus é o maior, o melhor, eu sou o maior e o melhor. Com isto, o Comando Social abre o caminho dele em nome de outras forças das quais faz com que o seu "poder" seja o derivado, o emanado; não abre caminho a outros Deuses que têm a finalidade de se expandirem na sua existência, mas o Comando Social cria miséria entre os Seres Humanos, e dessa miséria ele ainda se nutre.
Cada vez que um Ser Humano expande as asas da percepção e, assim, liberando-se das barreiras do pensado pela razão, o seu vôo está dentro de Júpiter; do seu Saber, do seu Conhecimento, da sua Consciência.
Cada vez que um Ser Humano reivindica o seu direito ao Conhecimento e à Conscientização está reivindicando-o em um vínculo, isto é em um relacionamento com Júpiter (o céu, a atmosfera).
Cada vez que um Ser Humano desafia o existente, concentrando com o seu escopo nervos e tendões, impõe a Jupiter para se alinhar ao seu lado dando-lhe (o termo dando-lhe é usado nas duas direções, no sentido de que eu dou e solicito para que me seja dado e, o Poder de Ser, é tanto do sujeito como de Júpiter) Energia para expandir o seu Poder de Ser. Eis que de Júpiter ele recebe energia para alimentar os desafios da sua vida.
Texto de 1993
Organização atual em: Marghera, 13 de maio de 2015
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
A tradução foi publicada 14 de janeiro de 2017
Il sentiero d'oro: gli Dèi romani |
A vida representada por Juno na 'Piazza delle Erbe' em Verona
O suicídio representada por Julieta em Verona
A Religião Pagã exalta a vida triunfando na ocasião da morte.
O cristianismo exalta a morte, a dor, a crucificação e o suicídio.
Por isso os cristãos desesperados têm um patrão, que lhes promete a ressurreição na carne. |
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Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz a Bruxo (Apprendista Stregone) Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo) Membro fundador da Federação Pagã Piaz.le Parmesan, 8 30175 - Marghera - Veneza Tel. 3277862784 Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
A Religião da Antiga Roma estava caracterizada por dois elementos fundamentais. Primeiro: era uma Religião elaborada pelo homem que habita o mundo, que é constituído por Deuses, e com estes ele mantinha relacionamentos recíprocos para interesses comuns. Segundo: a Religião da Antiga Roma era a religião da transformação, do tempo, da ação, de um contrato entre os sujeitos que agem. Estas são as condições que a filosofia estoica e platônica jamais compreenderam e, a ação delas deformou, até os dias de hoje, a interpretação da Antiga Religião de Roma, nivelando-a aos modelos estáticos do platonismo e neoplatonismo primeiramente, e ao modelo do cristianismo depois. Retomar a tradição religiosa da Antiga Roma, de Numa, significa sair fora dos modelos cristãos, neoplatônicos e estoicos para se retomar a ideia do tempo e da transformação em um mundo que se transforma.