É uma outra Autoconsciência formada ao redor de uma fonte e que se tornou ponto de convergência das Linhas de Tensão, dos Seres Humanos
Essa Consciência se expande a tal ponto que supera não somente os confins das gentes que contribuíram para o seu nascimento, mas adquire Poder de Ser a tal ponto que condiciona a ação dos Seres Humanos desenvolvendo e expandindo ulteriormente o próprio Poder de Ser, e a sua percepção.
Cada caminho para o desenvolvimento da Autoconsciência é um caminho de Liberdade.
A Liberdade do Conhecimento e do Discernimento deve encontrar sua própria referência nas ações praticadas, com base nas escolhas particulares, dentro do cotidiano da razão. Não pode existir Liberdade na expansão da Consciência e do Discernimento com a presença da escravidão no dia a dia; não existe o vir-a-ser do Ser Luminoso se existe escravidão no cotidiano da razão.
Pode existir evolução do Ser Luminoso num Ser Humano escravizado, apenas se o seu espírito, as suas vontades, os seus impulsos incentivam em direção à Liberdade para a recuperação, em suas mãos, das determinações que levam ao vir-a-ser individual.
Ser forçado, de acordo com as condições objetivas, ao estado de escravidão, não se subentende que a pessoa operou para tal estado pessoal.
Assim, Ferônia mostra aos Seres Humanos o seu próprio caminho: a Liberdade.
É no seu templo que os escravos eram libertados.
Quando os cristãos vieram a controlar o poder, então, não mais houve algum lugar no qual os escravos, do seu deus, puderam ser libertados da escravidão imposta "com todo o coração e com toda a alma". Os cristãos se apoderaram da existência humana inteira, pois o escravo, o servo, o submisso, iriam permanecer como tais pela sua vida inteira porque, afirmarão, assim foi estabelecido pelo seu deus, a cada um deles.
Ferônia é uma Autoconsciência que se forma em redor de uma fonte; um centro de convergência das Linhas de Tensão dos Seres Humanos.
A Ela tornou-se uma moral premente: quebrar as correntes; cada corrente.
No culto a Ferônia, além da tradição específica, são rememorados os três nascimentos, as três transformações, às quais o homem deve acatar para se transformar em um Deus. Os cristãos providenciam para matar três vezes o homem para que ele não se transforme em um Deus e não "colha o fruto da árvore da vida eterna". Os três nascimentos que, no mito da Grécia, são representados por Dioniso.
Com relação a isto, Ferônia era uma divindade que se manifesta no nascimento, porque o nascimento é sempre um momento de de liberdade da Consciência, das condições precedentes, nas quais foi exaurido o seu processo de vir-a-ser.
Em Roma e na Itália central haviam vários templos dedicados a Ferônia.
Ferônia, como Autoconsciência, é projetada no infinito do próprio vi-a-ser, mas permaneceu para recordação no mundo da percepção, para que ninguém esqueça dela.
Texto de 1993
Revisão no formato atual; Marghera, janeiro de 2018
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
A tradução foi publicada 26.09.2018
Il sentiero d'oro: gli Dèi romani |
A vida representada por Juno na 'Piazza delle Erbe' em Verona
O suicídio representada por Julieta em Verona
A Religião Pagã exalta a vida triunfando na ocasião da morte.
O cristianismo exalta a morte, a dor, a crucificação e o suicídio.
Por isso os cristãos desesperados têm um patrão, que lhes promete a ressurreição na carne. |
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Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz a Bruxo (Apprendista Stregone) Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo) Membro fundador da Federação Pagã Piaz.le Parmesan, 8 30175 - Marghera - Veneza Tel. 3277862784 Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
A Religião da Antiga Roma estava caracterizada por dois elementos fundamentais. Primeiro: era uma Religião elaborada pelo homem que habita o mundo, que é constituído por Deuses, e com estes ele mantinha relacionamentos recíprocos para interesses comuns. Segundo: a Religião da Antiga Roma era a religião da transformação, do tempo, da ação, de um contrato entre os sujeitos que agem. Estas são as condições que a filosofia estoica e platônica jamais compreenderam e, a ação delas deformou, até os dias de hoje, a interpretação da Antiga Religião de Roma, nivelando-a aos modelos estáticos do platonismo e neoplatonismo primeiramente, e ao modelo do cristianismo depois. Retomar a tradição religiosa da Antiga Roma, de Numa, significa sair fora dos modelos cristãos, neoplatônicos e estoicos para se retomar a ideia do tempo e da transformação em um mundo que se transforma.