O Psiquista, o Super-Eu e o mundo Capítulo 7 do
O Anticristo e a salvação da humanidade
Segunda parte do Livro do Anticristo
di Claudio Simeoni; tradução para o português por Dante Lioi Filho
Cod. ISBN 9788891170873
O Anticristo e a salvação da humanidade
7) O Psiquista, o Super-Eu e o mundo (O homem no mundo)
Enquanto o Ser Humano purifica o Super-Eu, estará corrigindo o seu próprio comportamento em relação ao mundo aonde ele está.
Cada Ser pertence ao seu mundo particular.
Cada Ser Humano pertence singularmente à própria Terra.
Cada Ser, através das Linhas de Tensão, está conectado à Terra e à Natureza. As Linhas de Tensão envolverão totalmente o Ser Humano na terra na qual iniciou a sua existência.
Não se pode isolar em uma montanha quem nasceu e viveu em uma cidade rumorosa e caótica, pretendendo-se que o indivíduo desenvolva a Autoconsciência. Do mesmo modo, quem nasceu e viveu no silêncio do campo não pode expandir o caminho da Autoconsciência em uma cidade. Não que isto seja impossível, porém é muito mais exaustivo.
Cada Ser pertence ao seu mundo próprio: à sua terra nativa.
Ele poderá melhorá-la, modificá-la, transformá-la em um horror ou em uma grandiosidade, mas ele estará sempre interligado ao pedaço de terra em que nasceu e cresceu.
Pode-se sonhar com um teto que seja um céu de estrelas: isto é muito incômodo, mas este modo de viver pertence a uma cultura que transformou esse modo de viver em um modo de Ser, depois de tê-lo construído de geração em geração, pagando-se por preços altíssimos. Da mesma maneira como acontece com os nômades, que já eram nômades por gerações e tornam-se fixos em um local.
É necessário disciplina ao relacionar-se com o mundo, superando-se a percepção da forma para poder atingir a percepção da noumenia desse mundo.
Em primeiro lugar é necessário aprender a diferença. Ou, como comumente se diz: "Aprenda a cuidar da sua vida particular!"
Não é algo simples como pode parecer à primeira vista. Os cristãos, por escolha deles, cuidam das vidas dos outros Seres Humanos, isto é cuidam da vida alheia só para poderem impor a moral deles. Eles, os cristãos, sempre julgam que estão na incumbência de dizer, aos outros Seres Humanos, o que estes devem fazer.
Não são eles os detentores da "palavra divina"? Portanto, acreditam que devem divulgar como deve ser dita, a maneira de como deve ser pronunciada e o modo como deve ser pensada.
Esse modo de agir dos cristãos surge porque eles consideram os outros Seres Humanos uma propriedade privada deles, propriedade do deus deles, proprietários dos servos que são detentores da palavra divina. Esse comportamento tem razão de ser pelo desejo do cristão de encontrar a certeza da justeza das suas próprias ações, para a adesão a eles por parte de outros indivíduos.
"Tu não deves fazer isto porque deus diz..."
"Tu não deves fazer isto porque a lei diz..."
"Tu não deves fazer isto porque o estado diz..."
"Tu não deves fazer isto porque o deus-patrão poderoso diz..."
"Tu não deves fazer isto porque aquele que nos comanda diz..."
"Tu não deves fazer isto porque o bispo diz..."
Etcetera, etcetera. E é válido também como afirmação:
"Você faz isto porque quem diz é a autoridade..."
De modo contrário, um Psiquista fará o que as suas escolhas induzem-no a fazer, porque a segurança de tais escolhas deriva dele mesmo e não dá a mínima ao Comando Social.
Impassibilidade não equivale a desinteresse, nem significa apatia em relação aos seus próprios semelhantes ou pelas coisas, mas é uma atitude de suspensão do juízo de maneira tal que permite ao indivíduo penetrar o objeto, permite-lhe permear o objeto da sua atenção mais profundamente, e de um modo mais completo, pois a forma e a descrição (da razão) não deixam o indivíduo avistar o âmago do objeto.
Este comportamento permite ao indivíduo compor o objeto, adaptando o sujeito inteiro às emanações do objeto da sua atenção, e com os fenômenos que concorrem à sua formação, muito mais adiante da simples aparência como o objeto se mostra aos sentidos. De modo que, a ação do sujeito em relação ao objeto não será determinada pela aparência, mas pelo ser do mesmo.
Esta atitude (tomada pelo sujeito em relação ao objeto, enxergando o âmago, o ser, do objeto) constitui o resultado de um vir a ser e faz parte da bagagem indispensável para penetrar a realidade do dia a dia, e assim desenvolvendo o Poder de Ser particular.
Suspender o juízo é uma atitude resultante de um trajeto de evolução, que passa através de fases sucessivas. Sucede dia após dia, todavia de um modo completo! Aparenta ser o iluminar-se de uma pintura.
Um Psiquísta propende a ser um Ser completo em si mesmo. Por isso propende a apropriar-se de tudo o que se refere ao saber, ao conhecimento, e à habilidade das mãos de acordo com as suas possibilidades, ou conforme necessita dessa habilidade para o seu desenvolvimento pessoal. A segurança será a derivação da sua audição, da sua visão, de todos os seus sentidos e das suas mãos.
A segurança sempre faltará a um adorador de deuses, muito embora possa aparentar ser hábil e sapiente. O seu deus adorado lhe negará autonomia à sua habilidade e à sua sabedoria, e ele estará sempre convencido de que essas não são frutos do seu trabalho ou das circunstâncias favoráveis, mas são dons, dádivas do seu deus adorado. Portanto, um Saber incompleto, mutilado. O adorador reputa que esse seu saber está destinado a permanecer como tal, e não é suscetível de expansão ulterior nem estará ao alcance de outro indivíduo.
Um outro elemento importante é a discrição.
Um Psiquísta usa somente aquilo que ele necessita. Mas, não é um tolo.
O Sistema Social atual, dominado pela concepção cristã, impõe a usurpação com a violência: apropriar-se da esmola de uma viúva. Frequentemente é a usurpação da miséria. Um Psiquísta buscará uma mediação dentro da relação objetividade-subjetividade. Ele deve ser discreto (ao contrário seria um consumo inútil de energia) e a discrição em tomar e ceder será o seu modo, a sua postura, em colocar-se em relação a outros Seres.
O Psiquísta, quando ele apreender, dentro de uma concepção sócio-mental adversária, agirá em todos os casos sempre com discrição. Apreender em relação àquele que é socialmente mais forte, discrição e modéstia em relação àquele que é socialmente mais fraco!
Este é o intento do Psiquísta no mundo do quotidiano da razão!
Segunda parte de "O Livro do Anticristo" capítulo sétimo: O PSIQUÍSTA, O SUPER-EU E O MUNDO!
Formatação atual elaborada em
Marghera, 10 de abril de 2014
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
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Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz Stregone Guardião do Anticristo Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
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Livro do Anticristo
O Livro do Anticristo foi escrito no ano de 1985. Aquela versão foi modificada até 1990. O Livro do Anticristo foi colocado na web muito rápido, e sofreu formatações de páginas diversas segundo como os sites apresentavam as páginas web. A versão que apresento é a versão original do Livro do Anticristo na cópia que por um ano foi guardada na Siae (Sociedade Italiana dos Autores e Editores) como Obra prima. Ter-se descoberto que o Livro do Anticristo, que se inicia com a visão da formação do Universo, nada mais elabora senão a resolução do paradoxo de Hegel, que faz coincidir o Ser com o Nada, e com a previsão de enfrentar esse argumento na Teoria da Filosofia Aberta, foi o que me levou hoje, 09 de Abril de 2014, a refazer a formatação do livro inteiro.