Cod. ISBN 9788891170873
O Anticristo e o mundo que nos cerca
Qual é a diferença entre Energia Vital e matéria? Como uma e outra interagem? Por quê a "ciência", muito embora tenha definido de vários modos a energia, não tem uma fórmula ou uma indicação para a Energia Vital? Por quê todas as alusões sobre a Energia Vital, ou sinônimos a ela atribuídos, pertencem quase sempre à alteração da percepção e nunca ao "real" do quotidiano? Por quê os estudos "científicos", tido como tais para especificarem esta força dentro da Natureza, com frequência prescreveram deduções contrastantes de maneira que revelaram-se não confiáveis, incertas ou de pouco valor?
A todas estas perguntas acrescentam-se muitos outros "por quê (?)". E a todos eles somente uma única resposta pode ser dada e que, todavia, não confere uma solução a elas, mas sugerem outras perguntas. A Energia Vital e a Matéria são a mesma coisa. Ou melhor, a base íntima, da qual uma e outra "brotam", constitui a mesma coisa.
São a mesma coisa, porém organizadas de maneira diferente, percebidas pelos sujeitos de modo diverso, vivenciadas pelos sujeitos de maneira diferente, de acordo com a peculiaridade que eles vieram a ser. Pode-se falar de uma relação diversa, entre elas, no que tange aos elementos que as compõem? Não penso que são conhecidos, no mundo real, termos ou imagens dos elementos comuns, que constituem os tijolos construtivos de Energia Vital e de Matéria, ou que se referem ao modo com que uma e outra interagem, ou mesmo aos estados intermediários entre uma e outra.
Através de um vínculo polêmico uma se transforma na outra, e esta naquela, dentro de uma troca mútua.
Se o Ser Humano é levado a pensar em uma divisão nítida entre Energia Vital e Matéria, isto é devido à sua Natureza, devido ao uso dos seus sentidos e da organização, destes sentidos, somada à contribuição do juízo do seu pensamento. Existem, em número enorme, estados diferentes da matéria bem como um grandíssimo número de estados identificáveis com a Energia Vital; assim como também existem fases de interação entre os dois momentos dentro de uma manifestação estável chamada Consciência.
A ciência não conseguiu individuar o elemento constitutivo fundamental do universo, que é comum à Matéria e à Energia Vital. A descoberta do fóton e das várias partículas menores, subatômicas, com acelerações varáveis, aproximam-se cada vez mais àquilo que a ciência define como o infinitamente pequeno, e ninguém saberá dizer quando esse elemento constitutivo fundamental do universo será pormenorizado. Temos, também, que mesmo no caso dos instrumentos de medida humanos, pudessem evidenciar o *infinitamente pequeno*, a prova de fogo desses instrumentos será sempre, por convenção, regulada sob a descrição do quotidiano da razão e, dificilmente, poderá ser introduzido um novo elemento que esteja capacitado a modificar a própria descrição racional. E, além disso, sem ser levado em consideração que, do momento que isso viesse a acontecer não ficará definido que o ponto de vista da ciência será modificado. A história no âmbito científico demonstra como não é suficiente descobrir a verdade, mas é necessário que essa verdade esteja de acordo com o Comando Social, pois de outra forma o Comando Social fará de tudo o que lhe for possível para anular tal verdade, e fará com que ela caia no esquecimento.
Por quê ocultistas e indivíduos de percepção alterada, ou "loucos", chegaram à intuição, pelos fluxos da Energia Vital, enquanto os outros Seres Humanos não lhe concedem a atenção merecida? Porquê o Ser Humano, como todos os Seres da Natureza, é um amálgama, uma fusão adequada de Energia Vital e Matéria. O mundo real da razão está fixado na Matéria, no entanto quando o Ser Humano altera a percepção dos sentidos, à visto disso entra em contato com a organização da Energia Vital que está ao seu redor.
Alterar a percepção dos sentidos não é "normal" no mundo em que vivemos. A alteração da percepção dos sentidos leva imediatamente ao isolamento do Ser Humano, por parte do Comando Social, do Sistema Social em que ele vive. Ele, para o Comando Social, torna-se um pária no próprio Sistema Social, enquanto este é obrigado a preocupar-se com o que diz respeito a um indivíduo que introduz contrariedades na sua estrutura de controle das pessoas.
Os que alteram a percepção são reputados sempre Seres Humanos marginalizados em relação ao Comando Social do Sistema Social em que vivem, já que alcançam a percepção da Energia Vital (ou Energia Vital Organizada); são suprimidos porque conseguem perceber formas diversas de organizações de Energia Vital.
Quando a percepção dessas pessoas, por motivos históricos ou econômicos, torna-se tal ao ponto de colocar em discussão o Comando Social com a sua atividade coercitiva dentro do Sistema Social, em tal caso o Comando Social preocupa-se em convertê-los dentro do seu domínio.
Primeiramente persegue-as, depois modifica o nível de percepção e de profundidade intuitiva dessas pessoas, depois renuncia a algum elemento secundário, do seu poder de controlar, consentindo aos seguidores dessas pessoas a se associarem ao Comando Social. Alguém será reconhecido dentro de uma imagem qualquer, e então a sua linguagem se tornará "hermética" e todos os outros Seres Humanos se colocarão de joelhos.
Procura-se a resposta à pergunta: por quê o Ser Humano percebe a Energia Vital em determinada estrutura, ou se desejarmos, por quê alterando a percepção sensitiva o Ser Humano percebe aquela específica e diferente organização da Matéria? Porquê aquela específica e diversa organização da matéria recebe o nome de Consciência e é esta que capta a sua atenção quando ela sai dos limites descritivos impostos pela razão.
A Autoconsciência é Energia Vital organizada de modo particular. Eu diria, descrevendo imagens de "visões", quase Energia Vital que, além de ter a característica do movimento e a capacidade para estruturar-se dando vida à matéria, tem também a capacidade, determinada por forças e circunstâncias, de manter a unidade própria e modificar a vibração interna.
Uma estrutura Consciente de somente Energia Vital não pensa, porque o pensamento é uma propriedade da razão humana. Todavia manifesta necessidades, tensões e intentos. Afirmar que percebe a si mesma parece-me uma afirmação muito inadequada; o que vejo provoca em mim uma sensação de um compacto dentro do qual há movimento, necessidade e escolha da direção.
Do ponto de vista filosófico pode-se afirmar a existência de natureza e liberdade.
Também esta afirmação é um ímpeto da razão humana como tentativa para descrever, e definir, alguma coisa não compreensível pela razão. Prefiro ficar no incerto: o meu Condicionamento Educacional impõe à minha razão para elaborar um juízo através do ponderado. Portanto, cesso a descrição do objeto que percebo, porque a sua descrição é, seguramente, uma necessidade minha para descrever o percebido por meio de imagens confortantes. Imagens extraídas da cultura na qual vivo, e limito-me à percepção das emanações (fenômenos ou mensagens) desse objeto. Atenho-me à imagem da forma informada à razão do objeto que percebo, e o defino, genericamente, como um conjunto de Energia variada ou vibrada.
Sinto aproximar-se um conjunto de afirmações: esta é a alma.
Em tempo: a visão é minha! Eu a adquiri por meio de anos de trabalho, anos nos quais progredia na modificação pessoal, e não permito que, ninguém do Comando Social, ou das suas emanações ou provenientes das asseverações atribuídas ou referentes ao Comando Social, invadam o meu ser e a minha percepção. O termo alma é um termo estranho à minha cultura e à transformação do meu Condicionamento Educacional.
O vosso deus teria dado essa coisa, chamada alma, ao Ser Humano somente, e assim, iria privar a todos os outros Seres Viventes da Natureza de tê-la também: uma merda!
Através da alma, o vosso deus, garantiria-vos uma passagem gratuita para o além, enquanto as pequenas tartarugas, na corrida em direção ao mar, não sabem quantas delas alcançarão o mar ou quantas serão devoradas pelas gaivotas.
A alma é um elemento do Comando Social, por meio da qual possa administrar a coerção, a imposição, em relação ao Sistema Social, tornando o Ser Humano cego ao que se refere à Natureza, inclusive no plano da razão no dia a dia.
Nada se pode fazer: a alma é alguma coisa de inexistente, irreal. A Energia Vital impregna todo o adjacente a nós: é o imediato a nós.
Nós, como Seres Viventes, da Natureza, percebemos a Matéria como um todo, todavia buscamos enxergar dentro de nós. Quando olhamos a matéria distinguimos nela o ar, a água e a terra. Se como Seres Humanos, usamos instrumentos, ou observarmos com maior atenção, iremos decompor o todo em subsequentes elementos: os gases do ar, os componentes da água, os minerais, etc. A matéria em si é dividida em matéria animada e matéria inanimada. Junto a estas afirmações concedemos valores vinculados às nossas necessidades, ao nosso ser: em outras palavras, a isto que somos, a tudo isto que viemos a ser através de todas as transformações no decorrer de milhões de anos, da nossa espécie, durante a sua evolução.
Nutrimo-nos de matéria, mas não de toda a matéria: dificilmente comemos as pedras, comemos matéria viva, ou melhor, matéria orgânica, de preferência; as plantas diluem os sais e têm acesso às outras estruturas da matéria, e assim nutrem-se. Respiramos o ar mas não todos os gases. Bebemos água, mas não todos os líquidos. Quando nos relacionamos com a matéria não nos relacionamos com toda a matéria e com todas as estruturas da matéria, indiferentemente, mas dentro da matéria escolhemos as estruturas adequadas à satisfação das nossas necessidades.
Em razão disso, hoje temos conhecimento, pela física e pela química, acerca da existência das estruturas que constituem bases comuns de toda a matéria, vale dizer átomos, prótons, nêutrons, e destes conhecemos a disposição e a formação das quais provêm os vários elementos. Alguns aptos à satisfação das nossas necessidades, outros não apropriados a essa satisfação. Alguns elementos, como o polônio, o rádio, e o plutônio são estranhos a nós.
Do mesmo modo é para a Energia Vital. Nós a encontramos organizada de várias maneiras, desde a Energia Vital livre no ar que absorvemos através da respiração (ao menos quando o excesso de óxidos não lhe diminuir a vitalidade interna), ou então apenas descarregada de outras concentrações de Energia Vital. Há a Energia Vital muito rica de vitalidade e consequente movimento, e esta é a cambiada no relacionamento entre as Autoconsciências; e existe aquela que é muito pobre, ou seja, é a emitida por adoradores de algum ou alguns deuses criadores (como num passe de mágica) que são de impossíveis existências; essa é a Energia Vital que, diretamente, cessa de fluir e é caracterizada como Energia Vital Estagnada, Energia Vital privada da sua própria vitalidade interna.
Há a Energia Vital que absorvemos através do alimento, há aquela trocada com quem nos associamos para praticar o amor. Há a Energia Vital dissipada pelo Planeta e que geralmente é utilizada pela Natureza, e também aquela emitida pelo Ser Sol.
Cada uma dessas Energias Vitais tem sabor, intensidade e cor, ligeiramente diferentes uma da outra.
Mais ou menos como é diferente os sabores das carnes dos diversos animais, mesmo quando são cozidas ou assadas de um mesmo modo, e com os mesmos ingredientes.
A Energia Vital, tal como a Matéria, tende a associar-se somente sob incentivo ou tensões específicas.
É considerada Energia Vital livre aquela que se move no ar que está à disposição de todos os viventes, que assimilam-na por meio da respiração.
Quando tensões, impulsos particulares, são realizados, a concentração de Energia Vital tende a se compactar (deixa de se mover sem meta, propagando-se no ar), e interrompe a sua necessidade de expandir-se.
A auto-concentração e a expansão são necessidades da Energia Vital que se tornou Autoconsciência. Tal como a matéria, a Energia Vital vaga e se propaga imóvel no espaço do qual ela é o elemento constituinte.
Poder-se-ia dizer, sem erro, que o universo é composto unicamente de matéria. Poder-se-ia dizer, sem erro, que o universo é composto unicamente de Energia Vital.
Mas quando falamos de nós, e a respeito de nós, devemos ter presente que nós somos Seres da Natureza. Os Seres da Natureza têm uma característica: a Energia Vital, no estado de Autoconsciência, e pode permanecer coesa (construir Seres conscientes provenientes da Natureza) somente através de um processo interativo com uma forma particular de matéria, denominada biológica, aonde a carga inicial , seja de matéria seja de Energia Vital, ocupa um lugar em uma substituição num um processo de proveito, de utilidade; e nesse processo, o percurso de desenvolvimento da primeira leva à coesão da segunda, até ao ponto de torná-la Autoconsciente, independente, autônoma.
Como existem estados diferentes da matéria, assim existem estados diferentes da Energia Vital. Estruturas diversas de energia que são estranhas à minha descrição do mundo, onde nascem e vivem Seres extravagantes e desconhecidos ao meu mundo e à minha existência. Posso contemplá-los, mas também, tentando descrevê-los, percebo que as palavras e os conceitos da razão são insuficientes e inadequados a essa descrição. De resto, descrevê-los, ou não descrevê-los, não muda a vida dos Seres da Natureza. São tão incomuns ao mundo da razão ao ponto de perguntar-se se, em algum caso seria possível. ou jamais seria possível. um relacionamento com estas Autoconsciências?
É como se o Ser Humano quisesse, no mundo da razão, discutir de filosofia transcendente com um Ser Paramécio. A Energia Vital segue as leis da sua natureza própria, movendo-se e estratificando-se, transformando-se em matéria e, em condições particulares, tensões internas e externas, desenvolvem nela a necessidade de aglutinação e de expansão.
O movimento encaminhado à satisfação de tal necessidade é denominado expansão da Autoconsciência. Tal Consciência se desenvolve relacionando-se dialeticamente com outras Autoconsciências. Esta é a riqueza do Universo.
Não existem, portanto, duas coisas distintas, Matéria e Energia Vital, mas somente uma só coisa estruturada de maneira diferente, onde o relacionamento Matéria e Energia Vital é puramente adequado à construção das várias Autoconsciências na Natureza; e por estas Autoconsciências, o que vier a ser discernido será conforme a peculiaridade dos seus sentidos. É um artifício, ou se desejarmos, uma adaptação da Energia Vital tendo a finalidade de produzir essa concentração, bem como aquela tensão específica, cujo desenvolvimento pode produzir, dentro da Natureza, Autoconsciências.
Existem outros modos por meio dos quais a Energia Vital vem a ser Autoconsciência, ou melhor dizendo, existem outras adaptações através das quais a Energia Vital torna-se Autoconsciência e isto, no decorrer das mudanças (tempo), é o "destino" (ou melhor, o vir a ser).da matéria: transformar-se em Autoconsciência modificando, progressivamente, a sua própria estrutura.
A Energia Vital com tensão interna, que tornou-se Autoconsciência, é o vir a ser da inteira estrutura do universo, porquê somente essa estrutura, desenvolvendo-se também como tal, e por agregação de outras Autoconsciências, é a única estrutura realmente estável da matéria.
Todas as formas do universo vistas por nós, por meio da razão, são transitórias. Não somente os Seres da Natureza dispõem de um certo tempo dentro qual vêm a transformarem-se, ou inserem as bases para outras transformações (gerar outros Seres da própria espécie; expandirem o Corpo Luminoso), mas os tempos (relativos à existência do Universo) são limitados também para o Sol, para os Planetas, às Estrelas, às Galáxias. Terminado o tempo deles (o ciclo de mudanças deles), tempo esse determinado pela estrutura peculiar adotada para a transformação de Energia Vital deles, em Autoconsciência, sucederá uma catástrofe, ou um número infinito de catástrofes (para nós), cataclismos tais que com eles a Autoconsciência do Sol será destacada e o que permanecerá, através de um ciclo novo, dará vida a um outro Ser. A explosão arremessará matéria no espaço, haverá destruição dos planetas dos quais a matéria se separará, ou se separarão as Autoconsciências finalmente livres da interação com a matéria. Novos ciclos serão iniciados, para que toda a matéria transforme-se no elemento básico constitutivo, a Energia Vital, e então transformar-se-á em Autoconsciência.
Por quê acontecerá isso? Porquê está na natureza da Emergia Vital, ou da matéria como desejarmos, progredir nessa direção. É a sua liberação, a sua liberdade! E os seus grilhões constituiriam o não dirigir-se nessa direção.
E a liberação das Autoconsciências? Depende somente do relacionaram-se, ou do não relacionaram-se, com outras Autoconsciências.
O Ser Humano não tem muitas outras possibilidades do que os outros Seres da Natureza de conseguir, na viagem da sua existência peculiar, no sentido de construir uma Autoconsciência suficientemente forte para poder permanecer compacta e independente, após a morte do corpo físico.
Ao contrário, desde o momento em que se sujeitou à razão, e também a um Comando Social que tem como escopo o de impedir os indivíduos, do Sistema Social, o acúmulo de Poder Pessoal que lhes permita alcançar essa realização, ou seja dessa transição; os Seres Humanos têm muito menos possibilidade do que muitos outros Seres Vivos na Natureza. Se, no entanto, for considerado quantos ovos de esturjão são perdidos e quantas outras pequenas espécies são exterminadas, para permitirem que poucos exemplares vivam as suas vidas, desenvolvendo o Poder de Ser individual, para poder tornar a Consciência de Ser autônoma depois da morte, o percentual de sucesso do Ser Humano, embora ínfimo em relação aos Seres Humanos que fracassam nessa transição, por culpa do Comando Social e da sua ação coercitiva, constitui um percentual que não deve ser desprezado.
Existem espécies da Natureza que alcançam um percentual altíssimo, por exemplo os répteis. Como eu sei disso? Eu sei! Vocês não acreditam (serão imbecis em se limitarem apenas a acreditarem)? Gostaria imensamente que acreditem nas minhas palavras!
Querem experimentar?
Desenvolvam o Poder de Ser de vocês, relacionem-se com as Autoconsciências existentes, ou seja qual for a maneira como as percebam, nas fases diversas e nos diferentes modos do desenvolvimento de vocês. Depois disso, verifiquem!
A verdade é um processo subjetivo de cognição. Um percurso de desenvolvimento não é uma iluminação divina (mesmo que se exprima através de uma sequência que se evidenciam em saltos de consciência), é um procedimento com o qual existe o relacionamento com a existência cada vez mais profundo. É um desvendar contínuo do presente através de um processo de transformação subjetiva.
O Universo da matéria, como nós o conhecemos (o descrevemos), avança em direção à "degeneração", mas ao agir assim, expande Energia Vital com tensões internas que se tornam autônomas mediante outras estruturas da Energia Vital em si mesma.
Não sei se esta forma é aquela estrutura simples invocada pelos filósofos como a estrutura do Ser sem reservas. Se fosse assim, tendo-se presente que as Autoconsciências, em um determinado momento, do desenvolvimento próprio, isto é continuado por agregação até o momento em que, no Universo, permanecerá apenas e tão-somente uma Autoconsciência que então conterá todas as forças de vontade, todas as persistências, através de todas as mutações do próprio Universo, tornando, então, esta única Autoconsciência, o UNIVERSO.
Os filósofos fracassaram nas suas argumentações, porque o Ser absoluto totalmente necessário não está no início (isto se pudermos considerar um início) da expansão do Universo, como um Ser criador, mas representa o vir a ser do Universo.
É a isto que o Universo tende, desde as maiores aglomerações de estrelas à mais ínfima partícula de matéria ou de Consciência, no decorrer da sua transformação, isto é o vir a ser do Ser absoluto plenamente necessário.
A questão é esta: não se trata de apresentar um deus criador, mas é a respeito de um deus que estamos construindo por meio do nosso vir a ser.
O vir a ser da Natureza.
O vir a ser do Universo.
A divisão em Energia Vital e Matéria é arbitrária. Como também é arbitrária cada divisão efetuada pela razão através do que pensamos com o nosso juízo. Nós, Seres Humanos, nesta fase, não podemos ir mais além do que isto. A Natureza constitui o nosso presente do dia a dia. É a sustentação do nosso Ser corpóreo. Ela é a finalidade à qual tendem as nossas necessidades imediatas.
A Energia Vital é a transformação propalada e constante em nós mesmos. A Energia Vital constitui o registro basilar do que fazemos e do que não fazemos inclusive, é o registro do nosso saber, do nosso discernir o mundo, da nossa consciência, o registro do nosso modo particular de nos relacionarmos com o mundo em que vivemos no quotidiano: é a nossa Consciência de Ser que está em formação por meio da nossa atividade.
Cada ação, no dia a dia, repercute na Autoconsciência; o desenvolvimento desta, o seu poder, dirigem as nossas ações no quotidiano.
Na Autoconsciência não existe o pensado, não há pensamento, há o fazer e o não fazer. Não é uma organização qualquer de Energia Vital, mas é a estrutura de Energia Vital de um Ser Vivo, gerado e desenvolvido dentro da Natureza. É uma organização específica que se tornou Autoconsciência.
É matéria que se tornou Consciente, a qual, através de inúmeras transformações, incuba e pare (ou tende a fazê-lo) o Ser Luminoso que é o nosso vir a ser. Sempre que estamos em condição de acumular Poder Pessoal suficiente para obtermos a transferência da Autoconsciência do corpo físico ao Ser Luminoso. O Ser Luminoso é matéria organizada de um modo específico. Matéria, não espírito, nem alma, nem éter: matéria. E nem ao menos sei se é organização da matéria, sei que é a estrutura incorruptível da matéria em si mesma.
Nós, Seres Humanos, podemos também renunciar em transformarmo-nos em Seres Luminosos e, assim, desperdiçar a nossa Energia Vital ao vento e abandonarmos o nosso corpo aos vermes, mas uma coisa é certa: essa Energia Vital e essa Matéria entrarão novamente em um ciclo. Outras Consciências serão formadas. Outros Seres. Até o momento em que a Energia Vital se tornará Autoconsciência.
Não compete nem está nas possibilidades da Energia Vital escolher o que deve fazer, é a força interna do vir a ser deste universo que não lhe deixa alternativa. É a lógica em si mesma.
O que havia antes e o que haverá depois, quando o ciclo se concluir, quanto a isto nada pode ser dito. As visões fornecem as imagens, porém essas imagens mostram qualquer coisa de estranho, fora não somente da compreensão do pensamento descrito pela razão, mas inclusive da compreensão dos sentidos alterados. Quem vier a acumular mais Poder Pessoal do quanto eu não consegui, e puder mostrar um interesse específico, focalizando a atenção própria, poderá seguramente ter milhares de informações melhores do que as minhas, mais precisas e mais aderentes ao noúmeno do que é percebido. Poderá descrever as coisas mais claramente, e fornecer indicações melhores do que as minhas (isto é muito fácil, piso somente nos primeiros degraus do discernimento e do conhecimento), no entanto não poderá jamais superar as imagens do início do universo atual e do seu vir a ser.
Os limites não se vinculam ao Poder Pessoal, mas vinculam-se à nossa natureza, isto é: a isto que somos. O limite da visão, como os limites da velocidade e ao limite do nosso nível de transformação condicionam o nosso agir. Nós, Seres Humanos, estamos repletos de limites e, assim, a razão não pode nem ao menos conceber quantas possibilidades temos e as ignoramos.
A Energia Vital produz aquela estrutura percebida como Matéria, e a Matéria constrói uma série de condições através das quais a Energia Vital se transforma em Autoconsciência
Quarta parte de "O Livro do Anticristo", capítulo primeiro: O ANTICRISTO E O MUNDO QUE NOS RODEIA: ENERGIA VITAL E MATÉRIA!
Atualizada em
Marghera, 10 de abril de 2014
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
Home O Evangelho do Anticristo |
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Home Libro dell'Anticristo |
- Formatação atual feita em Marghera, 25 ottobre 2015 Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz Stregone Guardião do Anticristo Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
O Livro do Anticristo foi escrito no ano de 1985. Aquela versão foi modificada até 1990. O Livro do Anticristo foi colocado na web muito rápido, e sofreu formatações de páginas diversas segundo como os sites apresentavam as páginas web. A versão que apresento é a versão original do Livro do Anticristo na cópia que por um ano foi guardada na Siae (Sociedade Italiana dos Autores e Editores) como Obra prima. Ter-se descoberto que o Livro do Anticristo, que se inicia com a visão da formação do Universo, nada mais elabora senão a resolução do paradoxo de Hegel, que faz coincidir o Ser com o Nada, e com a previsão de enfrentar esse argumento na Teoria da Filosofia Aberta, foi o que me levou hoje, 09 de Abril de 2014, a refazer a formatação do livro inteiro.