O quarto Estado (ou etapa) de desenvolvimento da
espécie humana (e da espécies da Natureza)
Capítulo 5 do

Evangelho do Anticristo

Primeira parte do Livro do Anticristo

di Claudio Simeoni; tradução para o português por
Dante Lioi Filho

Cod. ISBN 9788891170873

O Evangelho do Anticristo

5) O quarto Estado (ou etapa) de desenvolvimento da espécie humana (e da espécies da Natureza)

 

O quarto estado de desenvolvimento dos Seres Humanos é a transformação em Seres Luminosos: ser Seres Luminosos. Esta etapa está presente de forma diversa também em outras etapas, como o terceiro está presente no segundo e o segundo no primeiro; o feto já é menino ou menina, e um menino ou uma menina já tem em si o homem ou a mulher, como um homem e uma mulher já são, potencialmente, Seres Luminosos. Seres Luminosos ou Seres Etéreos, ou "feitos de puro espírito" como algumas religiões amam dizer ou jogam com essas palavras.

Se o dever do feto é o de se transformar em menino ou menina, e estes últimos em homens e mulheres, dever destes é o de se transformarem em Seres Luminosos. Ninguém pode obrigar um indivíduo a efetuar a passagem. Nas transformações, in natura, por causas diversas e variadas entre elas, nem todos os ovos do Ser Esturjão se tornam Esturjão, mesmo sendo potencialmente Esturjões; da mesma forma, nem todos os fetos se tornam meninos ou meninas, do mesmo modo nem todos os meninos e meninas se tornam homens e mulheres, e da mesma maneira, ainda, nem todos os homens e mulheres se tornam Seres Luminosos.

Existem muitas razões para se justificar o desejo para dispersar a Energia Vital própria ao vento, ao invés de recolher e acumular dia após dia, o Poder Pessoal através do qual efetuar a transformação. Quando a Energia Vital coagula, o primeiro desejo que nasce no indivíduo é o de rejeitar o movimento, mesmo em sentido material. A sua tendência será a de permanecer parado, estacionado da melhor forma possível (atenção à relação substância e aparência na formação do juízo), delegando a outras pessoas o dever de mover-se. Fará o quanto estiver dentro do seu "poder", porque tudo gira em torno da sua pessoa, impondo para ser "servido". Tenderá a não transformar a matéria com as próprias mãos, porque considerará isto humilhante ou doloroso e trabalhoso.

Das mãos saem algumas linhas de Energia pessoal com as quais nos ligamos ao mundo circunstante. Usar as mãos significa "apalpar" o mundo e isto proporciona prazer somente a quem não está doente de Energia Vital Estagnada. Ele desejará ou tenderá a "dirigir". Na realidade estará se apropriando do trabalho de outras mãos.

Ele será habilíssimo ao arrastar diante de cada outro Ser, igual a ele doente de Energia Vital Estagnada, considerado mais forte, e será habilíssimo e pronto para constranger à humilhação cada outro Ser quer reputará como "mais fraco".

Desse modo, aquele que mantem a Energia Vital Estagnada, dividirá os Seres da sua própria espécie (humana) em categorias funcionais ao seu desejo de domínio. Homens e mulheres, meninos e meninas, que serão ainda subdivididos em raças, pátria, religião, pensamentos, indumentária, profissão, etc. etc. e tudo isso para que ele possa bloquear melhor os fluxos da Energia Vital livre nos Seres da sua própria espécie.

Será um "covarde" nas suas afirmações públicas (definindo-a como diplomacia) quando terá de justificar a sua própria ação e os motivos, que serão a base da sua ação praticada. Se manterá sempre escondido atrás dos seus próprios fantasmas.

Ele assim agirá porque "deus" quer.

Ele assim agirá porque a "lei" estabelece.

Ele assim agirá porque a "moral" impõe.

Ele assim agirá porque o "líder" manda.

Ele assim agirá porque "razões de estado" exigem.

Nunca agirá, em tempo algum, pelos seus projetos ou por suas necessidades (mesmo se for por motivação real), mas porque forças maiores, "coitadinho", o obrigam a fazê-lo. Se a esse Ser fosse consentido agir até às últimas consequências, por meios de técnicas existentes hoje, o Planeta deveria empregar pelo menos um bilhão de anos para restabelecer o desenvolvimento da Natureza até o ponto em que ela chegou hoje.

Esse Ser, escondido atrás dos seus próprios fantasmas, destruiria cada coração que bate e cada fluxo de linfa. E sempre, não pelos seus desejos, mas como servilismo aos seus fantasmas. Ninguém obriga um Ser Humano a saltar para o quarto estado de desenvolvimento, mas muitos humanos desfrutam da tentativa em poder bloquear a passagem para o quarto estado de desenvolvimento de outros Seres Humanos.

Esse Ser doente de Energia Vital Estagnada, declarará a sua propensão para a paz e a tranquilidade. Mas quantos Seres não deverão tê-las submetendo-se para dar-lhe a sua?

Enfim sucumbirá à velhice.

Aquilo que mais temia chegou.

Agora está sozinho.

Mesmo antes estava sozinho, mas muito ocupado para percebê-lo. Na sua loucura não se dava conta como a Energia que sai das mãos, dos pés, do estômago, e de cada outro ponto do corpo, constituindo a ligação com o mundo circunstante, se retraia dia após dia, escolha após escolha, Não tem mais raízes através das quais poder ligar-se ao mundo circunstante.

Tem terror do vazio da própria morte, mas o desespero do nada no quotidiano o obriga a desejar dispersar a sua própria Energia que restou ao vento. Talvez um dos seus fantasmas lhe impede de disparar o revolver à sua cabeça, mas esse é o seu desejo.

Existem Seres Humanos que não aspiram efetuar a passagem (não buscam e não cultivam especificamente o caminho apto para se efetuar a passagem, transformando-se em Seres Luminosos), são centenas de milhões que não somente porque a Energia Vital já esteja estagnada, pois se fosse aquela pequena quantidade bloqueada poderia tê-la eliminada em pouco tempo, mas porque alguma coisa na objetividade em que vivem não funciona.

Esses Seres Humanos poderiam tê-lo feito, mas não podem faze-lo. Quem tem fome pensa em como procurar comida, de qualquer modo que lhe for possível, não com certeza a passagem ao Quarto Estado. Como quem está na prisão deseja quebrar as grades mais do que pensar na passagem. Além de causas macroscópicas e evidentes, que para eles são muito pequenas, quotidianas e imprevistas. Ser propriedade e ser dependente de alguém, ou de qualquer coisa, abrange quase todas estas micro-causas.

Esses Seres não pertencem ao grupo precedentemente descrito, são, ao contrário, as vítimas. De qualquer modo, podem encontrar ao longo do seu caminho próprio Poder Pessoal suficiente para passar ao Quarto Nível.

Quais são as características de um indivíduo em quem a Energia Vital não estagna?

O primeiro efeito será o movimento. Não o movimento esportivo, mas uma dinâmica no fazer do quotidiano. Um movimento intenso, que pode dar a ideia ao espectador de caos e inconstância. " Movimento mental", movimentos nas necessidades, movimento nos gostos. Inconstância nas escolhas.

O mundo vivido por um indivíduo se mostra com bilhões de facetas, e constitui tendência natural de um indivíduo pender para agarrar tudo (ou o maior número subjetivamente possível).

Enquanto que em um indivíduo em quem a Energia Vital estagna, acarretando uma retração sobre ele mesmo, o indivíduo em quem a Energia Vital corre livremente, acarreta uma explosão em direção ao exterior dele.

Atividade desenfreada, vontade de fazer, fome do Saber e do Conhecimento, de qualquer Saber e qualquer Conhecimento, são características do indivíduo em quem a Energia Vital flui livremente. E tudo por meio do prazer de fazer. Este indivíduo tende a delegar nada a ninguém; será alérgico em ter servos, e extremamente intolerante no que se refere a qualquer mandante. Para ele as mãos serão "sagradas" qualquer que seja a escolha social através da qual "ganhará" a vida, e portanto as suas mãos jamais estarão paradas.

Admirará o trabalho de outras mãos, mas o seu orgulho o impulsionará a treinar as suas mãos para que façam sempre do melhor. A sua sorte será a de uma rebelião constante e quotidiana, a qual, às vezes não saberá desabafar, mas que de qualquer modo não consentirá em ser servil diante de ninguém, e nem permitirá que alguém se humilhe diante dele.

Se renderá somente diante da violência e da chantagem, quando não tiver força suficiente para contra-atacar, esperando tempos e condições melhores para a sua revanche; não está sujeito a desapropriação porque a sua riqueza real será a habilidade das suas mãos, a agilidade do seu pensamento, as sensações da sua própria percepção.

Para este Ser um Ser é um Ser !

Não lhe importa a espécie ou a função da espécie. Não dá importância às categorias, mesmo se às vezes as sofre, quem lhe está adiante é quem lhe está adiante. Não tende a dominar nem a possuir por possuir, porque o desenvolvimento da percepção propende a engrandece-lo como Ser, e isto o completa.

Que coisa ele deseja? Condições melhores para perceber agilmente. Chamará coisas e condições com o nome delas, e aquilo que fará será porque ele o decidiu fazer, ou porque o que vem a ser feito corresponde às suas exigências, mas não esconderá a responsabilidade dos seus próprios atos e não terá importância com quem está se confrontando.

O seu comportamento não variará (em igualdade de condições e contradições), seja quando se encontrar diante da mais ínfima e irreproduzível forma vivente, ou do Universo na sua total consciência. Para ele o importante é o ato. Quando recorrer à violência o fará somente se obrigado, somente se os agressores não lhe deixarem nenhum caminho de saída.

A violência é o último refúgio dos incapazes e o último recurso dos desesperados.

Além disso, ele sabe como a violência foi codificada com o escopo de sujeitá-lo.

Protegerá a vida. Porque protegendo a vida está protegendo a si mesmo. Com o mundo suspenderá o julgamento, satisfará as suas próprias necessidades, sendo discreto, e se protegerá contra cada agressão e de cada espoliação. A proteção da vida e da natureza funcional ao próprio Ser e ao desenvolvimento da percepção própria. Quanto mais Seres Humanos acumulam Poder Pessoal maior será a proteção recebida na estrada por ele escolhida para acumular Poder Pessoal, desenvolvendo a Auto Consciência.ao longo do caminho para atingir a Consciência do Ser.

 

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

 

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- Formatação atual feita em

Marghera, 25 ottobre 2015

Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz Stregone

Guardião do Anticristo

Tel. 3277862784

e-mail: claudiosimeoni@libero.it

Livro do Anticristo

O Livro do Anticristo foi escrito no ano de 1985. Aquela versão foi modificada até 1990. O Livro do Anticristo foi colocado na web muito rápido, e sofreu formatações de páginas diversas segundo como os sites apresentavam as páginas web. A versão que apresento é a versão original do Livro do Anticristo na cópia que por um ano foi guardada na Siae (Sociedade Italiana dos Autores e Editores) como Obra prima. Ter-se descoberto que o Livro do Anticristo, que se inicia com a visão da formação do Universo, nada mais elabora senão a resolução do paradoxo de Hegel, que faz coincidir o Ser com o Nada, e com a previsão de enfrentar esse argumento na Teoria da Filosofia Aberta, foi o que me levou hoje, 09 de Abril de 2014, a refazer a formatação do livro inteiro.