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-*Ó tu que tens a excelsa força para sempre indestrutível, de Zeus,
Invoco o grande, santo, do estrondo forte, de todas as partes visível,
do ar, cintilante, com fogo veloz, que resplandece no ar, que faz a luz brilhar com a voz das nuvens, que corre estrepitando, que provoca arrepios, com profunda ira, invencível deus santo, Zeus resplandecente, gerador de tudo, grandíssimo rei, para que conduzas benévolo um doce cumprimento da vida.*
Dos Hinos Órficos, ed. Lorenzo Valla, trad. Gabriella Ricciardelli-
Neste Hino, Zeus não é aquele que age, como no Hino a Zeus Fulgurante, mas é aquele que se manifesta. Aquele que é.
Zeus é aquele que fez surgir a vida, a vida nascente, cada vida, Zeus é a própria vida. Nasce com estrondo e é visível em toda parte. Cada vida, cintilando, alimenta o fogo do seu saber e da sua consciência; como Zeus.
Este Hino foi escrito com a finalidade de fazer lembrar, a cada participante do rito, que ele próprio é Zeus. Ele mesmo fazendo-se Zeus, pode chamar Zeus a ajuda-lo em seu projetos próprios. Quando Zeus intervêm para apoiar os projetos de cada existência singular, que o invoca, com ações de fogo capazes de mudarem o próprio presente, é porque aquela vida, aquela consciência, "resplandeceu com a voz das nuvens, num percurso vibrante."
'Reconheço-te, Zeus, és grande, enorme, gigantesco, sem ti a vida não seria, nem seriam as oposições da existência pelas quais:' Vem me dar uma mão nos desafios da minha vida'. No hino não está manifestada a submissão, não está manifesto um comportamento de dependência, mas está claro um comportamento que um Pagão Politeísta tem com os seus Deuses. Eu, como Pagão Politeísta, e Aprendiz Stregone, enfrento a vida; eu combato nas minhas batalhas; eu triunfo ou sou derrotado. Eu me faço Zeus. 'Zeus, tu que és maior do que eu, vê se te é possível me dar uma mão. Se porém, não me dás uma mão, eu mesmo faço. Continuo a enfrentar a minha vida; continuo a munir-me para enfrentar as minhas oposições; continuo a arar o campo para cuidar do amanhã.
Não estou à espera da tua providência.
Eu ajo!
Construo as minhas estratégias, tento satisfazer o meu intento. Eu, de qualquer modo, conquisto o céu do Conhecimento e da Sabedoria. Tu que és maior, sê benevolente para que eu possa, mais facilmente, levar a cabo a minha vida e transformar a morte do corpo físico em nascimento do corpo luminoso. Que esteja claro que se tu não fores benevolente, eu mesmo faço! Isto não me impede de continuar a admirar as tuas transformações, que te levaram a se tornar consciência da objetividade, na qual eu posso construir as minhas estratégias da vida.
Marghera, 04 de Novembro de 2010
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A tradução foi publicada 19 de abril 2015
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz Stregone Guardião do Anticristo Membro fundador da Federação Pagã Piaz.le Parmesan, 8 30175 - Marghera - Venezia - Italy Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
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Os Hinos Órficos representam uma das últimas formas de devoção antes da chegada do domínio absoluto do cristianismo. Estes Hinos Órficos eram muito amados pelo Neoplatônico Damascio, o último postulante da Academia de Atenas. Quando o terror cristão fechou a Academia, Damascio fugiu para a Pérsia.