Cod. ISBN 9788891170873
O Anticristo e a salvação da humanidade
*NOTA DO TRADUTOR*: Antes de iniciar a tradução desta outra página de O Livro do Anticristo, de Claudio Simeoni, chamo a atenção dos leitores que o termo *Psiquistico* não tem tradução no idioma português. No entanto, vou mantê-lo na versão para o idioma português. Também não vou usar o original em italiano *Psichistico*, porquanto a junção c-h-i, em italiano, equivale à junção das letras q-u-i (similar à união q-u-e que equivale a c-h-e).
Podemos considerar um Ser Vivente da Natureza como sendo um composto de duas "metades": uma em condições de perceber o mundo descrito pelo dia a dia da razão, e a outra capaz de perceber o mundo real através da percepção da Noumenia dos elementos.
Quando a barreira instalou-se nos Seres Humanos, eles "reedificaram" o mundo, amoldando-o (isto é: descrevendo-o) de acordo com os sentidos humanos, que são muito limitados. Por este motivo, os Seres Humanos vivenciam três quartos da vida a se entenderem entre eles, ou seja para que os Seres Humanos possam ter uma explicação (do mundo) no seio da espécie deles; uma explicação das coisas existentes, sobre o nome dessas coisas, ao que tange o aspecto delas, como também às suas cores; para que possam compreender, enfim, o significado de um ou de outro termo, e a origem desses termos, e assim por diante.
Tudo isso faz parte de um jogo que leva aos inúmeros enganos.
Um nome ou uma palavra assumem muitos significados e muitos valores, conforme às situações e ao estado de ânimo de quem percebe as circunstâncias, ou o assunto; de acordo com a pessoa que os pronuncia, consoante o que é falado ou o que não é falado, segundo o propósito de quem se exprime. As imagens, por sua vez, adquirem valores diversos conforme o estado de ânimo de quem as percebe, em concordância com as circunstâncias aonde estão inseridas, e assim por diante.
A organização e a descrição do mundo rotineiro, da razão, e o sistema perceptivo e descritivo desse cotidiano, utilizado pelo indivíduo, vamos chamá-lo de Super-Eu. Ampliar as capacidades da descrição, por meio do acúmulo da Energia Vital, leva o indivíduo a saturar a sua capacidade descritiva, e portanto contribui para abrir caminho à percepção do mundo real, ou do outro mundo. O outro mundo não é inatingível pela percepção humana, nem é necessário aguardar a morte para poder começar a percebê-lo: o mundo da razão faz parte desse outro mundo. Mesmo se a sua percepção definitiva, junto com todo o próprio ser, acontece com o abandono definitivo do corpo, isto não significa que se trata de um mundo oculto.
Portanto, o mundo real (ou outro mundo) está lá à disposição de qualquer pessoa que deseja utilizá-lo.
Não é ininteligível.
Existe somente um modo para ter acesso a esse mundo: desenvolver o corpo de sonho (o duplo, o corpo luminoso, o ser de Energia que cada indivíduo tem dentro de si e que solicita ardentemente para ser desenvolvido e sair).
As chamadas capacidades psiquísticas ou psíquicas estão até mesmo contidas entre os elementos do Super-Eu, até mesmo se são o reflexo do desenvolvimento do corpo de sonho, e é o Super-Eu, isto é a ação dentro do dia a dia da razão, que através das suas escolhas, dia após dia, pode reforçar ou aniquilar até ao ponto de fazer com que sejam impedidas, contraídas, e desapareçam.
É necessário estabelecer um objetivo, no mundo da razão, para estimular o corpo de sonho a absorver e transformar a Energia Vital, e deste modo transformando-a em Poder Pessoal e levando-a a enriquecer a Autoconsciência, com o propósito de expandir o corpo de sonho.
A Energia Vital não pode ser apenas e tão-somente absorvida, é ponto final.
No caso de ser somente absorvida ela vem a se transformar em Energia Vital imobilizada, inativa. É necessária uma troca contínua de Energia Vital, mas que seja favorável a uma condensação precisa, no ponto exato.
Digamos que um indivíduo aprenda a absorver (a Energia Vital), no transcorrer das suas atividades pessoais, duas partes de Energia Vital de modo a descarregar uma das partes.
Descarregará a parte que teve o movimento diminuído, desacelerado, enfim atrofiado, e conservará veloz e viva a outra parte da Energia Vital. A parte estagnada será lançada ao vento para ser novamente acelerada, enquanto a parte viva se associará e alimentará o corpo de Ser.
Uma vez que esse processo de acumulação, no ponto exato, iniciado conscientemente pelo indivíduo, esse processo pode interromper-se somente se ao ser atingido o objetivo que o sujeito preestabeleceu, no mundo do dia a dia da razão, ele não renova e nem busca outros objetivos.
A renúncia, no mundo da razão, corresponde à renúncia em acumular Energia Vital e Poder Pessoal, com o escopo de alimentar e construir o corpo de Energia.
Uma outra possibilidade de interrupção do processo de acúmulo é constituída pela intervenção de causas externas ao indivíduo, tais que chega a construir no próprio indivíduo os bloqueios de Energia Vital Estagnada.
Apesar de que isto é difícil de acontecer quando o processo consciente de acumulação iniciou-se, nem é improvável nem impossível. Quando a Energia Vital inicia a acumular-se, pelo querer do sujeito, então inicia simultaneamente o desenvolvimento do Poder Pessoal Desejado, que irá se adicionar cada vez mais ao Poder Pessoal precedentemente adquirido, no decorrer do crescimento psicofísico do sujeito de forma individual.
Será esse Poder de Ser que lhe indicará o caminho a ser seguido para evoluir expandindo-se, indicará quais os desafios que deverão ser aceitos e quais o que deverão ser recusados, quais os objetivos que devem ser encetados pelo sujeito, e quais os que não devem ser estabelecidos, em assim por diante.
Quem se predispõe a desenvolver o Poder de Ser pessoal e consequentemente a desenvolver a Autoconsciência pode encontrar os seguintes perigos:
1) Acumular muita Energia Vital sem poder descarregá-la ou desejar descarregá-la.
O processo de acúmulo tende a interromper-se.
No mundo da razão se manifesta como uma deformação da personalidade. Esta perde a segurança que se manifestou precedentemente, e o indivíduo tende a reverenciar a si mesmo. O seu agir é condicionado pelo medo, que cresce cada vez mais, até transformar-se, nos casos mais graves, em paranóia.
Não se trata de fragilidade emotiva que deriva do peso das percepções enviadas do mundo que nos rodeia, mas é a fragilidade e fraqueza ao agir dentro do quotidiano da razão.
A fragilidade emotiva outra coisa não é senão o efeito visível da percepção das Linhas de Tensão, enviadas do mundo circunstante, e recebidas pelo indivíduo. A fragilidade da personalidade, então, constitui a castração do agir.
A fragilidade da personalidade é mascarada frequentemente com atitudes violentas e autoritárias; a fragilidade emotiva enquanto predispõe o sujeito a uma disponibilidade contínua em relação às necessidades apresentadas pelo mundo do dia a dia da razão pode ser modificada em fraqueza.
2) Acumular muita Energia Vital passando com frequência ao Outro Mundo, sem porém estar perfeitamente seguro no mundo do dia a dia da razão.
O Ser Humano arrisca-se a perder-se.
Esta é uma forma de esquizofrenia. Acontece quando um indivíduo é capaz de acumular grande quantidade de Energia Vital, mas por ter sofrido com certas situações constrangedoras no mundo do cotidiano da razão (humilhações, insultos, limitações tanto no movimento físico como no intelectual),ele prefere perder-se, deixa-se dissipar e abandona-se às sensações do Outro Mundo, em vez de enfrentar as hostilidades do dia a dia da razão.
3) Ser atacado e aniquilado fisicamente pelo mundo dos cristãos, ou no geral, dos deístas e daqueles que desejam destruir o planeta.
O ataque pode ser direto ou de modo equivocado, isto é enganoso, de modo astucioso; seja como for, quase sempre se trata de imposição física por meio de ameaça contra a satisfação dos desejos e das necessidades.
4) Sofrer um ataque no corpo de Energia em formação (é outro perigo). Este ataque vem repentinamente contra os buscadores que estão rodeados por um sistema moral, tido como correto, mas que é dominado por indivíduos submetidos a uma forte quantidade de Energia Vital Estagnada (particularmente ocorre contra jovens e aos jovenzinhos que estão se preparando para entrarem no terceiro nível de evolução da Espécie Humana).
São ataques ocultos ao mundo quotidiano da razão, normalmente os jovens nem são advertidos, pois ignoram que estão sendo atacados, ou seja nem ao menos estão informados a respeito desses ataques que agem, quase que exclusivamente, sobre o campo energético deles.
Os efeitos são sentidos, com frequência, somente numa idade tardia, atrasada, quando comumente é muito tarde para a reparação.
Um caso muito comum podemos verificar nos que habitam próximos às centrais que se apresentam como seguras para a produção da energia nuclear. A radioatividade, mesmo de uma forma mínima, já é capaz de desacelerar e afastar as emissões da Energia Vital em direção aos interiores dos corpos dos indivíduos. Adicionado a isto há as imposições do dia a dia dentro do Sistema Social, que causam danos à formação do corpo de energia, danos imensos. E, então, o corpo de energia geralmente morre antes do corpo físico.
5) Chegar ao Outro Mundo sem prática de tudo isto somado ou vivendo o quotidiano da razão apenas de modo superficial.
Se não se assume um comportamento correto relativo ao desenvolvimento da Autoconsciência ao longo do caminho do Ser, no dia a dia da razão, será muito difícil chegar ao Outro Mundo. Mesmo sendo indivíduos com Energia Vital livre, não se possui a "prática" para acumular e transmitir o Poder Pessoal adquirido. A atenção não tem experiência suficiente, nem poder, para permitir que tal mundo seja enfrentado.
Aventurando-se simplesmente por causas particulares e em situações fortuitas, os indivíduos estão nus, desprotegidos, expostos aos ataques dos quais não é conhecida a origem, nem o modo com os quais cessá-los ou evitá-los.
Cada mundo, construído com os vários níveis de desenvolvimento da percepção, existe apenas por desafio! A vida não é dor: a vida é desafio! Desafio contra os constrangimentos impostos.
Não saber como comportar-se para proteger-se de um ataque significa que a mente transforma tal ataque em um fantasma, descrevendo-o apenas com aquilo como é conhecido para poder inserí-lo no mundo do quotidiano da razão.
Esse foi o motivo com o qual um certo Jesus descreveu um espírito; um miserável chupador de Energia Vital Estagnada, como o seu pai, o deus criador! Bah!
Os meios, os modos, o rumo para a expansão da Autoconsciência em direção ao caminho do Ser, o acúmulo consciente da Energia Vital, o Outro Mundo e o consequente desenvolvimento da percepção, e juntamente com o uso da atenção, virão a ser chamados de eu-psiquístico.
Quem vai em busca desse mundo, ou quem, para viver no mundo do quotidiano da razão, vier a usar os elementos característicos capazes de desenvolver a Autoconsciência rumo à estrada do Ser, será chamado de Psiquista.
Segunda parte de "O Livro do Anticristo" capítulo sexto: SUPER EU E O EU-PSIQUISTICO!
NOTA: este capítulo quebra a imutabilidade do cristianismo. O mundo não é isto que aparenta ser e nem ao menos aquilo que eu acredito que ele seja. O mundo necessita ser penetrado, descoberto, com uma atividade constante de modificação da capacidade do sujeito para perceber o mundo em que ele vive. O mundo não é representado pela palavra, o mundo é ação, a ação com a qual ele se apresenta.
Formatação atual realizada em
Marghera, 10 de abril de 2014
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
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Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz Stregone Guardião do Anticristo Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
O Livro do Anticristo foi escrito no ano de 1985. Aquela versão foi modificada até 1990. O Livro do Anticristo foi colocado na web muito rápido, e sofreu formatações de páginas diversas segundo como os sites apresentavam as páginas web. A versão que apresento é a versão original do Livro do Anticristo na cópia que por um ano foi guardada na Siae (Sociedade Italiana dos Autores e Editores) como Obra prima. Ter-se descoberto que o Livro do Anticristo, que se inicia com a visão da formação do Universo, nada mais elabora senão a resolução do paradoxo de Hegel, que faz coincidir o Ser com o Nada, e com a previsão de enfrentar esse argumento na Teoria da Filosofia Aberta, foi o que me levou hoje, 09 de Abril de 2014, a refazer a formatação do livro inteiro.