Cod. ISBN 9788891170873
O Anticristo e a salvação da humanidade
Dois são os meios, técnicas ou instrumentos, que partindo do quotidiano da razão conduzem o Ser Humano à evolução da Autoconsciência: viver o dia a dia por desafio ou, se se preferir, com vontade e determinação invadindo-se o firmamento do Discernimento e da Cognição para engrandecer a liberdade do agir, acumulando-se Poder de Ser dentro do Sistema Social; e Desenvolver o Sonhar. Ambos podem ser usados pelos Seres Humanos, seja como o único meio para alcançar a Consciência Individual, seja quando misturados e ponderados, combinados e unidos para formarem um único percurso subjetivo.
Aquele que Sonha, e o Guardião, distinguem-se de acordo com as prioridades fornecidas pelo uso dos meios para a evolução da Consciência de si mesmo. É o Comando Social o que determina a diferença dos dois percursos; os que Sonham estão mais protegidos enquanto os Guardiães sofrem ataques físicos mais facilmente.
Os Guardiães são os primeiros a sucumbir em cada revolta nos relacionamentos entre o Sistema Social e o Comando Social; os que Sonham são a alma da resistência do Sistema Social, oposta à necessidade de controle, no sentido de domínio, do Comando Social.
O sonho está sempre a serviço dos Seres Viventes na Natureza. Nos Seres Humanos, particularmente, amplia normalmente a função de descarregamento das tensões acumuladas durante a atividade do dia a dia da razão, o sonho é conforto, é o suporte do corpo físico.
O sonho sempre descarregará as tensões do cotidiano, e isto vale também e mormente para os que Sonham. No Guardião as tensões acumuladas nos desafios, do dia a dia da razão, são abundantes e somente o sonho pode desoprimi-las.
Quantas vezes (a descrição da razão) deverá será "ingerida"!
Esta finalidade do sonho subsistirá em sua predominância, até que o Sonhar vem a ser ignorado. Pouco a pouco o sonho se exaure desaparecendo.
Transferir-se a atenção do quotidiano da razão para o Sonhar faz com que o indivíduo torne-se alguém que, de fato, desfrute do Sonho.
Transferir-se a atenção sobre os sonhos não para narrá-los ou esperando que os sonhos revelem o futuro, mas sim para nos introduzirmos neles, nos associarmos aos sonhos.
Entrar nos sonhos é uma expressão literalmente exata!
Deslocar a atenção para o Sonhar significa permitir-se receber um sinal de modo que este aviso transmita, àquele que está Sonhando, isto: "Esteja atento que este é um sonho, e é para você entender, facilmente, que faço esta determinada coisa."
A coisa mais simples é o de Castañeda (nota deste tradutor: um escritor e antropólogo que obteve experiências com um bruxo de uma tribo do México. Aqui, Claudio Simeoni refere-se a ele ao usar o termo "castanediano"), isto é olhar e contemplar as mãos, porém os *Stregoni* (Bruxos), durante o obscurantismo cristão (e inclusive em época mais recente) aconselhavam contemplar o pênis ou a vagina de modo a fundir a Energia Vital em movimento, por meio do sonhar, com a Energia Vital concentrada sobre o sexo e obter, assim, um impulso, um incentivo maior para o controle e o desenrolar do sonhar.
De igual modo, não se concentrando a Energia Vital nos órgãos genitais, das mãos movem-se linhas de Energia através das quais o Guardião e o Sonhador ligam-se ao mundo tateando-o, portanto as mãos encerram um circuito de Energia Vital, permitindo ao Sonhador fixar a atenção e mantendo-a de um modo mais demorado do que fixando-a em outras partes do corpo.
De qualquer modo, levar a atenção em cada parte do corpo também é correto, apenas para achar um modo próprio para comunicar à razão que naquele momento o indivíduo está sonhando. Naquele momento o sonho se transforma, não somente torna-se mais claro e pela manhã será, com certeza, lembrado, mas no seu desenrolar, permite ao Sonhador mover-se em quaisquer direções que deseja locomover-se.
É importante nesse momento agir dentro do sonho. A ação dentro do sonho conduz a acumular Energia Vital e Poder Pessoal para a construção do corpo luminoso. Logo que se inicia a busca da parte do corpo no sonho, obtem-se quase que imediatamente, o primeiro êxito devido ao estímulo do desejo.
Transcorrerá, posteriormente, um certo tempo para haver uma segunda vez, isto porque é preciso dar um tempo ao corpo físico para ele adaptar-se.
O importante é perseverar.
Antes de dormir, interrompe-se o fluxo das palavras pensadas, evocam-se imagens eidéticas sem descrevê-las e escutam-se rumores sem comentá-los. Relaxa-se, impondo-se o início do dormir.
Provocar-se-á uma reação no corpo físico; quase como um estado de insônia. A suspensão do juízo antes de dormir equivale às práticas do yoga ou do zen num espaço temporal de anos, com uma única diferença de que enquanto o yoga e o zen agem no mundo do quotidiano da razão, fixando a atenção em momento específico, mesmo se insólito, daquele mundo, e enfraquecendo a possibilidade de desenvolver o duplo (esse momento específico torna-se de fato todo o mundo quotidiano da razão privando o iogue da riqueza do universo da razão e da percepção das suas contradições), a suspensão do juízo com a finalidade do desenvolvimento do sonhar, não somente alimenta-o, mas permite a quem Sonha afrontar o mundo da razão, captando mecanismos e aspectos que antes eram impensáveis.
A atenção no sonho é mantida de modo mais longo possível. Os sucessos com a prática do sonhar (mesmo se tudo é uma questão subjetiva) são atenuados com os meses, para dar um tempo ao corpo físico de um lado, para que ele aceite a noção do crescimento do corpo de sonho e, por outro lado ao que tange à Energia Vital acumulada, com a função de transformar-se em Poder Pessoal, contribuindo na construção do Corpo de Sonho.
A suspensão do juízo é feita possivelmente em cada dia ou, pelo menos, cada dia é preciso levar a atenção ao sonhar. O corpo físico se adapta à nova fase de entendimento.
O corpo físico constrói a sua própria adaptação subjetiva à nova variável objetiva.
O sonho adquire nitidez em toda a sua expressão. Ocorre que o corpo é encontrado no sonho e inicia a viajar logo depois, usando o sonho para encontrar lugares.
O Ser Humano se constrói e se transforma. Os centros energéticos distribuídos ao longo do corpo são liberados. Um iogue diria que a Kundalini acorda.
É o processo de construção do Novo Homem.
Enquanto o sonhado muda o Sonhador, o Guardião muda o mundo ao seu redor.
Os Seres Humanos se transformarão percorrendo um caminho de Guardiães e Sonhadores; quão mudarão, de tal maneira também o Sistema Social aonde se instruíram.
O que antes era obscuro, ou seja incompreensível, e estava camuflado, inesperadamente agora (com a prática do sonhar) fica definido. Os vínculos entre as coisas mostrar-se-ão evidentes. Os Guardiães e os Sonhadores deverão estar muito atentos, porque a nova nitidez nada mais é senão uma nova e mais sutil forma de ofuscamento. Ao se levantar o véu de Maya a realidade é coberta por um outro véu, que ao ser erguido será encontrado um outro véu de Maya que dissimula a realidade.
Véu após véu, no decorrer da existência, Sonhador e Guardião estão propensos a captarem o elemento central noumenico das coisas e dos vínculos entre elas.
Os cegos, isto é os insensíveis, são incapazes para tolerar quem é diferente, embora tudo está disponível em relação a eles. Os cegos dispõem de armas, exércitos, fogueiras.
O corpo se transforma, a percepção se transforma e o sonho se tornará o guia para que o Sonhador obtenha outros crescimentos posteriores. Os Sonhadores conseguem, ao longo do caminho, aliados potentes, não somente no quarto nível de evolução da Espécie Humana, mas também em volta deles próprios.
Os Guardiães são prudentes. Enquanto são "pequenos" o Comando Social tolera-os, desde que não venham a provocar incômodos; quando se tornam um pouco mais fortes o Comando Social inventará armas alegando tentativa de defesa.
Além do que, é muito difícil: normalmente um Guardião é um solitário, não age, a não ser para fins específicos, em organizações ou em estruturas hierárquicas, precisamente para evitar a ação do Comando Social em mãos dos adoradores do açougueiro de Sodoma e Gomorra.
Enfrentar o Sonhar sem viver o dia a dia, ou sem relacionar-se com o quotidiano, irão se apresentar muitos perigos. Além do que, não ocorreriam resultados significativos, ao menos nas primeiras ocasiões; além disso, o desafio no sonho conduz a uma intolerância tal na direção do mundo ao nosso redor e à organização social, ao ponto de instigar, nos casos mais graves, ao suicídio.
Durante as primeiras ocasiões de atividade do Sonhador afloram, através dos sonhos, todas as fobias acumuladas durante o Condicionamento Educacional imposto pelo Comando Social. Fobias que se mantiveram ocultas no inconsciente, durante anos, surgem como contradições para serem solucionadas ou para aniquilarem com o Sonhador. Somente aqueles que saberão lidar com o mundo do quotidiano da razão, como sendo aquilo que ela é, saberão também lidar com o sonhar como aquilo que ele é.
O percurso, daquele que Sonha, perdura por toda a vida do corpo físico. E também, todavia, existem etapas intermediárias que podem satisfazer o Sonhador.
A expansão do fluxo da Energia Vital e do Poder Pessoal leva a um aumento da potência e do desejo sexual.
Desenvolvendo-se e potencializando-se, o Sonhar acorda os centros energéticos espalhados ao longo do corpo e um desses centros é o sexo, que está muito ligado ao quotidiano da razão.
A castidade não tem nenhuma serventia, nenhum propósito, a um Sonhador e nem a um Guardião.
Aparentemente, o não uso de um centro energético afigura-se oferecer resultados muito importantes, como por exemplo uma nitidez maior das imagens durante o ver no sonho. Na realidade, as imagens tendem a se deformarem em razão do anseio reprimido relativo ao centro energético não utilizado.
Tornam-se, pelo contrário, revelação de um determinado nível de condicionamento energético. O condicionamento, o controle energético, conduz com ele a médio e a longo prazo, à debilidade e ao atrofiamento do centro energético e ao bloqueio total da fluidez da Energia Vital, ao longo de todo o corpo.
Para quem Sonha há "o local de chegada", e é nesse momento que há a expansão do corpo de sonho, em que ele começa a ter uma Autoconsciência como corpo de sonho, que concerne ao Sonhador.
O Sonhador está se tornando um Bruxo (Stregone).
Isto não é o início da edificação do futuro Ser Luminoso, que realizar-se-á quando acontecer o fim do corpo físico. Sucederá o dia em que o Sonhador sonhará a si mesmo enquanto ele dorme.
Na realidade, é aquilo com o que se sonha, que está a observar o Sonhador. Naquele momento o Sonhado começará a agir em si e por si mesmo. Ou seja, o corpo de sonho deverá agir, aceitando-se e ajudando-se em seus desejos.
De repente!
Ele, o corpo de sonho, então, deve mover-se, transportar-se mudando de lugar, em suma, fazer qualquer coisa que as suas prerrogativas permitem que corpo de sonho pode fazer. Se o Sonhador souber fazer isto, nesse caso, o corpo de sonho saberá indicar ao Sonhador o que ele deve fazer para que ele possa evoluir em si mesmo ulteriormente. Nesse momento, aquilo que é Sonhado e o Sonhador se complementarão.
Em algumas "seitas" dos chamados "espiritualistas" circulam alguns boatos de que quando o corpo de Energia abandona o corpo físico encontraria os espíritos, que eles chamam de "larvas, que estariam prontas a se apoderarem do corpo físico. Não há outra coisa mais falsa do que isto!
Os Seres compostos de Energia Vital exclusiva, qualquer que seja a fase de desenvolvimento deles, têm acesso a um Discernimento e a uma Consciência muito diferentes das do Ser Humano.
Além do que, um Ser de apenas Energia, para que pudesse se apoderar do corpo de um Ser Humano, deveria penetrar sob o córtex cerebral, introduzir-se sob a barreira do GIH, penetrar no globo pálido e descer através do cerebelo, ao longo da coluna vertebral; por último percorrer totalmente o corpo do Ser Humano.
Num tal ponto que o Ser Humano cessaria de existir, e cessaria de existir também o Ser Luminoso.
No que tangeria a esses Seres nada ou, talvez, um outro Ser nasceria pela fusão de ambos. Os dois trajetos para a Autoconsciência viriam a ser, desse modo, destruídos.
Nenhum Ser Luminoso é assim tão doido, cada vez que haja energia suficiente, para realizar uma operação desse tipo. A possessão, que é tão querida na mitologia cristã, não existe e nem pode existir: é somente uma invenção com a qual alimentar o imaginário, o tão fantástico, das ovelhas do rebanho dessa mitologia, apavorando-as!
Além disso, é para se ter em mente que a Energia que subsiste no corpo de um Sonhador e que é capaz de fazer sair o corpo de sonho, é dezenas de vezes mais forte do que aquela de um Ser Luminoso capaz de manifestar (isto como simples hipótese) semelhante fito.
Desígnio todavia inexistente, a não ser dentro do cérebro doentio de propagandistas desse gênero. Os adoradores de deuses socorrem-se com truques, de todos os gêneros, apenas para impedirem o desenvolvimento da Autoconsciência dos Seres Humanos. Para eles o "animais" não devem expandir nenhum caminho que conduza à Autoconsciência evoluída, especialmente em direção ao Ser.
Quando o Sonhar se desenvolve, então muitas Consciências se unirão para apoiarem o Sonhador em seu caminho.
Cada pessoa que Sonha é o ANTICRISTO!
Segunda parte de "O Livro do Anticristo", capítulo nono: O SONHAR!
NOTA: No desenrolar sucessivo desta página, foi revelada como a prática do Sonhar não somente alimenta a intuição que, da parte profunda do cérebro, atinge a consciência, mas também uma série de outras sensações produzidas, por exemplo, do cérebro no estômago (que foi descoberto após 20 anos que esta página foi escrita) e que favorece as adaptações da maleabilidade cerebral (também cientificamente descoberta, pelo menos um decênio, depois desta página ter sido escrita).
Formatação atual realizada em
Marghera, 10 de abril de 2014
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
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Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz Stregone Guardião do Anticristo Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
O Livro do Anticristo foi escrito no ano de 1985. Aquela versão foi modificada até 1990. O Livro do Anticristo foi colocado na web muito rápido, e sofreu formatações de páginas diversas segundo como os sites apresentavam as páginas web. A versão que apresento é a versão original do Livro do Anticristo na cópia que por um ano foi guardada na Siae (Sociedade Italiana dos Autores e Editores) como Obra prima. Ter-se descoberto que o Livro do Anticristo, que se inicia com a visão da formação do Universo, nada mais elabora senão a resolução do paradoxo de Hegel, que faz coincidir o Ser com o Nada, e com a previsão de enfrentar esse argumento na Teoria da Filosofia Aberta, foi o que me levou hoje, 09 de Abril de 2014, a refazer a formatação do livro inteiro.