Cod. ISBN 9788893329187
Indice il male nel crogiolo dello Stregone
Na Mistura do Bruxo (Stregone) foi indicado, e afirmado, que este subsídio constitui uma atividade obsessiva e repetitiva imposta às crianças para impedi-los de assumirem pessoalmente as suas responsabilidades dentro das suas existências, fazendo-as substituir o princípio Esperança pela espera de uma intervenção externa resolutiva.
Orar é uma atividade de submissão.
Oram de joelhos.
Oram prostrados.
Suplicam.
Agradecem reverenciosos.
Na prece não são reivindicados direitos.
Na prece não são feitas afirmações meritórias.
Na prece demonstram humildade por meio de juramentos ao deus-patrão e aos seus encarregados.
Também na sociedade civil foram introduzidas as expressões suplico-te ou juro por Deus. Em cada uma destas declarações há necessariamente o sentimento de reverência em que a prece respeitosa impõe ao sujeito, que reza, a renúncia de reivindicar os seus direitos justos submetendo-se à vontade do mais forte.
Lembram quando, nos evangelhos oficiais, um fariseu e um cobrador de impostos se dirigem ao templo? Um sujeito orgulhoso por ter respeitado todas as regras e todas as leis pôde dizer a deus: "eu fiz aquilo que tu esperavas que eu fizesse agora compete a ti estar conforme o acordo!"; um outro aflito continuava a se humilhar e a se auto acusar pelo que havia feito, pedindo a deus para perdoá-lo. Qual dos dois o louco de Nazaré preferiria? Aquele que havia errado ou cometido muitas violações das leis e, deste modo, pudesse humilhá-lo e pudesse usá-lo para os seus objetivos: "Ele foi o malvado nas suas ações, porém eu sou bom e o perdoo!" Ou será que preferiria o outro que solicitava justiça e respeito que, só pelo fato de agir deste modo, seria desprezado e apontado, pelo louco de Nazaré, como um exemplo negativo? Ou seja: esse "malvado" estaria colocando-o à prova, o que é errado, pois ele é o patrão!"
Orar e suplicar são atos de auto humilhação. Mas, para orar, é necessário não somente construir o costume de orar, mas também é necessário construir as condições que obrigam ao hábito de rezar.
A hierarquia familiar; o desejo não satisfeito; a intervenção militar para a repressão da necessidade sexual; a culpabilidade de quem é socialmente mais fraco; a imposição da reverência em relação àquele que ocupa os cargos sociais considerados "mais elevados", havendo nesta atitude um fingimento chamado de respeito, usando-se do eufemismo.
O constrangimento à prece implica num constrangimento dirigido à criança para assimilar a ideia de que ela não constitui um sujeito com direitos jurídicos, ou seja, um indivíduo sem direitos sociais. O indivíduo deve obedecer. Um indivíduo que para satisfazer os seus desejos não depende dele mesmo, mas depende de intervenções externas a ele. De modo que, para obrigar um indivíduo a rezar, é necessário incutir nele a ideia de que ele está privado dos seus direitos civis.
A criança, portanto, assimila a noção de que ela não tem o direito de respeitar o seu próprio credo religioso!
Rebate-se, alegando-se, que a criança, precisamente por ser criança, não tem uma fé religiosa ao ponto dela merecer o respeito jurídico neste aspecto. Afirma-se que a criança nasce sem uma fé religiosa sendo esta um produto da educação.
Exatamente!
No entanto, para que a fé religiosa seja imposta à criança é necessário convencê-la de que ela está carente de cada direito civil!
O direito civil, aqui referido, é o de posse que pertence aos pais, porque os genitores fazem da criança o seu objeto de propriedade; uma vez que, são eles que devem indicar qual será a fé religiosa a ser seguida.
A criança, quando nasce, não tem uma fé religiosa, porque esta lhe é imposta com a violência na educação, pois incutir é forçar a criança a assimilar mentalmente alguma coisa, o que não deixa de ser uma violência grave. A criança naturalmente sente algo de religioso que o vincula a tudo o que existe, de maneira que gradativamente ela reconhecerá, por si própria, que faz parte de tudo o que existe. A fé religiosa monoteísta separa a criança deste sentimento religioso natural para impor-lhe uma fé em um possuidor da existência, pelo simples fato de que a existência é uma doação de deus. Por conseguinte, a fé em um ser possuidor é incutida na mente da criança por aqueles que se reputam os seus possuidores. De forma que, como é imposto à criança a ideia de que ela ainda não é um sujeito capaz de adquirir direitos e obrigações, isto é, não tem vontade própria, pois está nas mãos dos genitores, deve acreditar num deus-patrão que doou a própria existência (por isso pode dispor dela), não devendo ter nenhum direito sobre à própria existência.
A sujeição constrói sujeição!
Esta é a regra geral da magia negra!
Sem a sujeição não se pode bloquear os fluxos de energia vital na criança e esta, por sua vez, não estará suficientemente doente para os genitores bloquearem os fluxos de Energia Vital nos corpos dos seus filhos.
O exercício da prece garante isso.
A prece é feita de joelhos. Quando a prece não é feita de joelhos é do mesmo modo um ato de submissão. A submissão não deve ser aparente, mas deve ser total. A submissão deve ser demonstrada com todo o corpo, de todo o coração e com toda a alma. Se a posição imposta às crianças é uma posição física, torna-se também uma posição psicológica inconsciente. Muitas das punições, que eram impostas às crianças, consistiam em constrangê-las durante horas para permanecerem de joelhos, atrás do quadro-negro, e até mesmo adicionando-se sadismo tais como pequenos pedregulhos sob os joelhos ou com o babador virado do avesso ou mesmo com as cuequinhas na cabeça para as punições daqueles que faziam pipi na cama. Todas estas formas de sadismo tinha o escopo de reforçar o conceito de submissão.
A submissão demonstrando obediência e sem nenhum direito de crítica.
A execução do sadismo era cada vez mais feroz quanto maior era o controle católico do ambiente.
O pior de tudo isso é que as penas jurídicas prescritas por sadismo contra as crianças, principalmente por parte de religiosos católicos, eram e são penas insignificantes exatamente para confirmar as suas finalidades dirigidas à destruição da vontade e das determinações das crianças.
Vamos ler o que relata, com as suas justificações, a sentença da Corte de Apelação de Cagliari rejeitando o recurso contra a sentença de condenação, em primeira instância, de duas freiras, em 10 de dezembro de 1970. A sentença nós a lemos do IL PAESE DEI CELESTINI de Bianca Gidetti Serra e Francesco Santanera, editado por Einaudi em 1974.
"A comissão verificou que no Instituto indicado formado em 1947 e administrado pela ordem das freiras "Ancelle della Sacra Famiglia" (Servidoras da Família Sagrada) - não funcionava regularmente. Surgiram deficiências gravíssimas nos setores organizacional, pedagógico em geral, no educacional e no sanitário: um caos total particularmente no controle administrativo. Constatou-se que uma menina, de nome Ângela, apresentava no ombro direito sinais de feridas profundas recentemente cicatrizadas e sangue coagulado, apurando-se que tais lesões foram causadas pela freira superior que havia espancado a menina por motivos fúteis. A própria Ângela contou que frequentemente era golpeada por uma freira de nome irmã Maria Sabina, a qual não hesitava em golpeá-la sobre o seu nariz, mesmo sabedora de que Ângela sofre de epistaxe (sangramento nasal). Além de Ângela com catorze anos de idade, a comissão ouviu as albergadas Luisa M., também de catorze anos, Maria S. de dez anos, Andreina C. de nove anos e Ornella S. também com nove anos de idade, sendo que todas, unanimemente, não apenas confirmaram o que foi declarado por Ângela, mas inclusive narraram que as freiras...haviam, para puni-las, batido nelas e colocou-as no frio durante horas num corredor externo; declararam que nunca haviam sido tratadas da saúde quando estavam doentes, nem mesmo na epidemia da coqueluche, e que nunca os médicos foram chamados para cuidar das doentes, acrescentaram que as freiras opuseram dificuldades até para uma higiene íntima. A Inês, a Ângela, e a Andreina confirmaram...que uma das albergadas foi obrigada a recolher com a língua a comida caída no chão, outras foram forçadas a manter na boca as calcinhas manchadas de urina, outras ainda forçadas a comer o macarrão recuperado que havia sido jogado no vaso sanitário por uma delas, em decorrência do fato de irritar-se com a sua punição. A Falconi com frequência é quem ordenava a Schirru, com o encargo de vigiar as amparadas para bater nelas, e é quem havia presenciado os maus-tratos sem nunca se opor a eles e por isso os havia, tacitamente, autorizado. A Schirru tinha sido implacável e com frequência prendia as mãos das meninas que ela pretendia punir, logo após, elas eram açoitadas num velho pavimento de madeira, com um cinto branco ou de cor creme, as vítimas com as mãos atadas não podiam se defender; certa noite infligida a punição descrita, com a ajuda da superiora; algumas albergadas haviam comigo os pães duros reservados para a alimentação das galinhas, estas ficaram de mãos atadas por toda a noite e parte do dia seguinte para que fossem obrigadas a pedir perdão à já mencionada madre superior, beijando-lhe as mãos, essa mesma superiora foi a que havia, num outro dia, constrangido a pequena Maria S. a comer a comida caída no chão recolhendo-a com a língua. Regularmente, as meninas que molhavam a cama, teriam sido, pela já citada freira Arcangela Schirru, envolvidas nuas ou semi-nuas em lençóis úmidos de urina e mantidas por horas num corredor ou varanda externa onde o vento e frio penetrava. Além disso, as meninas que haviam se urinado tiveram de manter na boca as calcinhas molhadas de urina, por mando da mesma freira Arcangela que lhes havia arrancado as calcinhas, e às vezes, ela ordenava para espremerem as calcinhas nas suas bocas para engolirem as gotas de urina. Rosaria M. afirmou que ela foi amarrada numa cadeira antes de ser espancada, asseverou também ter presenciado Arcangela quebrar um pau nas costas de Inês M. e a madre superiora, Vincenza, colocar a cabeça de uma menina dentro da latrina, uma tal de Iole; acrescente-se que esta juntamente com Maria e a sua irmã Rita, suportaram durante anos os maus-tratos sem nada revelarem aos seus familiares, porque eram aterrorizadas pela freira Arcangela, e assim temiam sofrer punições mais severas."
Com base nestas razões apresentadas, o recurso contra a condenação delas foi rejeitado, condenação que de qualquer forma é irrisória, e ambas as freiras carrascos desfrutam da redução de pena. Pois bem, a busca das culpadas foi entravada pela nova madre superior da casa. Existe um conluio em grande parte no comportamento dentro dos institutos católicos que fazem deles verdadeiras e precisas prisões administradas com uma espécie de cumplicidade dos magistrados, que somente nos casos mais graves dão início às sindicâncias.
Diante disso, como plano de fundo, há a ideia de salvaguarda do princípio de que a criança deve ser colocada de joelhos e forçada a rezar e suplicar.
Pensem na oração cristã do Padre Nosso. É uma verdadeira e exata aberração humana. O indivíduo renuncia às suas próprias determinações para substitui-las pelas determinações de um assassino. O indivíduo renuncia a obtenção do pão aguardando que deus lhe dê o pão. Ou seja, o indivíduo renuncia a sua existência construindo miséria e está pronto para se submeter à dependência: como aquele que está pronto a entupir-se de heroína! Ao mesmo tempo, o indivíduo converte-se em súcubo das injustiças que ele sofre, enquanto torna-se um miserável em decorrência da sua auto-culpabilidade e do terror de um deus assassino que, se não o perdoa, então massacra-o mais ainda!
Que diferença existe entre o comportamento das freiras, das quais lemos acima a sentença condenatória, prolatada pela Corte de Apelação de Cagliari, e o terrorismo ameaçador contido na oração do Padre nosso do louco de Nazaré?
Nenhuma diferença; ambos devem construir a miséria moral, material, emocional.
Devem destruir a determinação com a qual o indivíduo constrói as relações com o mundo que o cerca.
Esta é a magia negra da oração católica.
A destruição do indivíduo!
A preparação para que o indivíduo esteja pronto para entupir-se de heroína! Poucas são as pessoas que, vencidas pelo horror católico, acostumam-se com a heroína, mas o objetivo da imposição da reza é o de predispor as pessoas para que se acostumem com a heroína!
Podem habituarem-se com a heroína ou tornarem-se dependentes com a espera de algum salvador qualquer. Nada muda nisto!
Estão lembrados? O Fariseu e o Publicano que percorrem os níveis do tempo, um está orgulhoso da sua retidão própria e o outro está humilde e submisso, orando e suplicando? Qual dos dois o louco de Nazaré indica como exemplo?
As religiões reveladas constituem o ópio difundido entre os povos, para construir miséria, e a prece é a seringa que conduz à overdose na vida. Dentro da seringa do ópio há o terror e a violência com a qual a prece é imposta às crianças para que renunciem o seu futuro de cidadãos.
A tradução foi publicada 14.12.2019
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
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A incapacidade dos homens para enfrentar suas vidas é construída meticulosamente pelo cristianismo, mediante a violência na infância. Construir a destruição do homem é uma invenção hebraica e cristã. Sucede que nos USA muitas pessoas, que partiram para as guerras que os USA provocam no mundo, retornam psicologicamente e emotivamente devastadas. Elas são educadas para serem submissas a um deus-patrão e são convencidas de que estão em condições para matar qualquer um, o seu delírio de onipotência se choca com a realidade enlouquecendo-os.