O Intento
Primeira redação da Mistura do Bruxo

(texto original em 1997)

Capítulo quatro

Claudio Simeoni
traduzido por Dante Lioi Filho

O Aprendiz A Bruxo Elabora O Trajeto
Ao Conhecimento Que Conduz Ao Paganismo

Este é um capítulo da Mistura do Bruxo

Cod. ISBN 9788893329187

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Mondadori

Apresentação da Mistura do Bruxo
Radio Gamma 5 Via Belzoni 9 Cadoneghe - Pádua
15 de maio de 1997

No tema da Mistura do Bruxo, na outra vez passada, colocamos dentro desse tema a Atenção voltada aos cinco sentidos e, desse modo, deixamos claro como é formado o Bastão do Bruxo.

Ao mundo da razão o Intento torna-se a intenção. A razão pretende que a intenção finalize a sua ação. Na realidade a intenção é aquilo que a razão consegue descrever e interpretar do Intento que impulsiona o indivíduo à ação, por meio das suas tensões internas e dos seus desejos. Uma grande razão fornecerá a descrição dos motivos precisos e inteligentes; uma razão escassa fornecerá motivos deficientes ou simplesmente oportunistas (tais como os que são justificados por ela como vergonhosos, pois ela os considera oriundos de tensões imorais ou até mesmo desprovidos de moral!).

A intenção se tornar Intento quando a intenção absorve o indivíduo inteiro e finaliza o desempenho dele. Um desempenho que não é ocasional, mas é sistemático e determinante para a construção do vir a ser do indivíduo. O Intento é a intenção que envolve a Atenção. O Intento é o fim do agir do indivíduo. Seja quando a razão consegue descrevê-lo seja quando ela se limita a suportá-lo.

O Intento é a meta da vida.

Mas o Intento, manifestado pelo indivíduo, é adição de intentos. Cada ação que praticamos tem a finalidade de obter-se alguma coisa. Quando nós aplicamos a esse fazer a Atenção nos tornamos Intento e o Intento torna-se nós. O Intento é a força que impulsiona os Seres Humanos quando exercem a Atenção. Na Teogonia de Hesíodo o Intento é o grande EROS que atravessa cada sujeito que reconhece a si mesmo, independentemente de como ele reconhece a si mesmo; e o incita a expandir-se. De onde EROS vem é da manifestação do divino do existente, de cada vivente! É específico dos que são! Se nós, como objetos, podemos reconhecer a nós mesmos e as nossas tensões para nos expandirmos, é porquê EROS é a característica daquilo que nos forma!

Normalmente os Seres Humanos estão habituados a agirem sem se darem conta para onde querem chegar, nem se dão conta dos efeitos provocados pelas ações deles; tomados pelo imediato e pelo casual, submersos nesse contingente. Com frequência ouve-se dizer: "Eu não sabia que fazendo isto eu provocaria tal coisa! Eu estava de boa-fé quando fiz isto!" Isto é devido ao fato de que as pessoas não se tornam Intento. Não usam a Atenção para satisfazerem a necessidade delas e não exercitam os seus sentidos.

Não prestar a atenção aos efeitos da ação constitui o resultado da educação cristã: "Matem a todos! Não se preocupem, pois deus distingue os que são dele!" diz o bebedor de sangue de crianças justiçadas por Inocêncio III°, ao ordenar a matanças do Catari.

É importante que os Seres Humanos aprendam a se perguntarem: "O que eu quero?"

É importante que os Seres Humanos aprendam a se perguntarem: "O que eu obtenho por meio da minha ação?"

Os meus sentidos querem perceber; aquilo que eles percebem impõe uma ação ou ações: "As ações levam para onde?"

Agindo assim, o Ser Humano bloqueia a sua razão, não permite que a descrição da razão determine as suas ações construindo fins ilusórios; permite ao tempo que lhe vem de encontro determinar a sua construção através da ação no presente. O tempo que vem de encontro ao Ser Humano não pode ser percebido através da razão, mas através da percepção, através da intuição, que abre o caminho para a manifestação do sentir e das tensões do corpo luminoso.

Nós estamos dissolvendo a nossa Mistura (em italiano: Crogiolo) por meio do nosso bastão. Enquanto construíamos o nosso bastão acabamos nos modificando, modificamos a nós mesmos, permitindo aos sentidos do corpo luminoso misturarem-se com os sentidos da razão. Portanto, a intenção se transforma em Intento: cada ação nossa está voltada à finalidade da construção do corpo luminoso.

Na razão devemos obter aquilo que a intenção nos guia por meio das nossas ações, porém devemos condicionar a nossa intenção aos nossos desejos e às nossas tensões; deste modo o corpo luminoso impõe à razão que aja de maneira que ele se desenvolva.

Eu observo com a intenção de observar: não por hábito.

Eu escuto com a intenção de escutar: não tanto por simplesmente escutar.

Eu cheiro com a intenção de cheirar: não simplesmente por farejar.

Eu saboreio com a intenção de saborear: não simplesmente para me alimentar.

Eu tateio o mundo com a intenção de apalpá-lo: não por simples tatear.

Cada um dos cinco sentidos tem o seu Intento e a razão deve aprender a obedecer o Intento do indivíduo e, não importa que logo no início dessa prática, as intenções sejam da razão.

Somente num segundo tempo a intenção se transformará em Intentos isolados, até que o corpo luminoso não tenha a primazia sobre a razão impondo-lhe para que transforme as suas intenções em Intento como a meta verdadeira do seu agir.

Nós dissolvemos a nossa Mistura (Crogiolo) com o bastão que nós modelamos, e neste momento estamos misturando a Atenção com relação aos sentidos e destinada ao Intento.

Nós misturamos e o Intento conduz à atenção aos nossos cinco sentidos.

Neste momento não somos mais capazes de nos abandonarmos. O Intento apropriou-se de nós. Não podemos mais afastar a nossa observação do tempo enquanto ele nos vem de encontro: agora somos Jano!

Acabamos de construir o Bastão do Bruxo, colocando junto dele a suspensão do dialogo interno, como também a suspensão do juízo (isto é como temos avaliado as coisas somente pela razão) tudo acrescido com o ceticismo; conseguimos disciplinar os cinco sentidos dando-lhes usos específicos. Neste momento estamos aptos a enfrentarmos o desconhecido que nos cerca.

Antes de afrontarmos o desconhecido que nos cerca, que percebemos como inerente a nós, e pronto para se deixar penetrar, ser invadido por nós, devemos reforçar a nossa razão, fortalecendo-a.

Encetamos uma luta longa contra a razão usando do bloqueio do dialogo interno e através da imposição do intento aos nossos sentidos, nesta etapa não podemos permitir que a razão permaneça agitada, perturbada: não podemos permitir que ela enlouqueça. Bloqueamos a razão que sempre foi condicionada (pela educação que recebemos desde a infância) e, agora, devemos fornecer a ela instrumentos diferentes.

Para armarmos a razão devemos desenvolver o saber!

Em uma próxima vez, na Mistura do Bruxo (Crogiolo dello Stregone), misturaremos o saber da razão!

Construído o Bastão do Bruxo, aplicada a Atenção aos sentidos e imposto o Intento, o Ser Humano age em duas direções. Numa das direções reforça a razão para reconstruí-la depois de ter sido polida do Condicionamento Educacional e com está nova razão faz aparecer o Intento do corpo luminoso relacionando-o com o que está adjacente a nós.

O divino subjetivo que se harmoniza com o divino ao nosso redor para formar um Intento único.

O Ser Humano constrói e alimenta o DEUS que cresce dentro dele e harmoniza o crescimento desse DEUS com os DEUSES do mundo, que está próximo a ele. Harmonizar significa reconhecer, subjetivar reciprocamente e caminharem juntos no Infinito!

A tradução foi publicada 19 de maio de 2016

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

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Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz a Bruxo

Guardião do Anticristo

Tel. 3277862784

e-mail: claudiosimeoni@libero.it

A Mistura do Mal

A incapacidade dos homens para enfrentarem as suas vidas é construída, meticulosamente, pelo cristianismo por meio da violência na infância. Construir a destruição do homem é uma invenção hebraica e cristã. Sucede que nos USA muitas pessoas que partem para as guerras, que os USA provocam no mundo, retornam psicologicamente e emocionalmente devastadas. São educadas a serem submissas a um deus-patrão e são convencidas de que são capazes de matar quem quer que seja, o delírio de onipotência delas se choca com a realidade e, assim, enlouquece-as.