Fornax - o forno como Autoconsciência

Os Deuses na Religião Romana
A Estrada de Ouro

Claudio Simeoni
traduzido por Dante Lioi Filho

Índice da Religião Romana

 

Fornax é a transformação produzida pelo fogo para satisfazer as necessidades humanas.

O forno garante o alimento. O forno transforma uma mercadoria em um produto apto a satisfazer as necessidades humanas.

Se o forno é conduzido e controlado pelos Seres Humanos, o forno toma consciência de si mesmo. Seres Humanos que a ele se dedicam, o fogo que lhe é alimentado e o intento que através do forno é perseguido.

O forno torna-se cônscio. A Autoconsciência Forno equilibra as emoções dos Seres Humanos, o fogo e as expectativas do intento a ser perseguido.

A Autoconsciência forno se nutre das emoções do fogo que em si mesmo arde. Ela se nutre das emoções dos Seres Humanos e, por sua vez, nutre essas emoções agindo sobre as expectativas de quem utiliza os produtos daquele forno.

Naquele momento o forno concentra as Linhas de Tensão dos Seres Humanos e não é somente pão o que sai do forno, mas pão com Energia Vital daqueles que concentraram as suas próprias expectativas e os desejos próprios naquele lugar, na espera de satisfazê-los.

Fornax extrai a razão de ser do fazer dos Seres Humanos, das emoções que se concentram no Forno, das suas expectativas, alimentando-as com as suas ações.

Esse fazer produz uma relação entre o Ser Humano e o pão. O pão é tirado, depois de assado, do Forno dia após dia, semana após semana, ano após ano.

Dia após dia, semana após semana, ano após ano, os Seres Humanos satisfazem suas necessidades próprias concentrando a sua atenção sobre essas ações.

Dia após dia, semana após semana, ano após ano, o forno adquire Autoconsciência.

O forno não se importará absolutamente em assar o pão para os Seres Humanos, mas a Autoconsciência, que assim se forma, terá o cuidado de propagar a Energia Vital própria para que os Seres Humanos, aguçando a Atenção e expandindo o Saber, não assem o pão continuando com a concentração no forno e nas suas expectativas para satisfazer suas necessidades específicas somente e, assim procedendo, alimentem a expansão da Autoconsciência Fornax.

Eis, portanto, Fornax a adorar Vênus nos Seres Humanos.

Eis os Seres Humanos, através das suas ações e das Fornicálias, a agradecerem a Atenção de Fornax.

 

Texto de 1993

Revisão no formato atual; Marghera, janeiro de 2018

 

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

A tradução foi publicada 29.09.2018

 

Il sentiero d'oro: gli Dèi romani

A vida representada por Juno na 'Piazza delle Erbe' em Verona

 

O suicídio representada por Julieta em Verona

 

A Religião Pagã exalta a vida triunfando na ocasião da morte.

 

O cristianismo exalta a morte, a dor, a crucificação e o suicídio.

 

Por isso os cristãos desesperados têm um patrão, que lhes promete a ressurreição na carne.

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Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz a Bruxo (Apprendista Stregone)

Guardião do Anticristo (Guardiano dell'Anticristo)

Membro fundador

da Federação Pagã

Piaz.le Parmesan, 8

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Tel. 3277862784

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A Religião da Antiga Roma

A Religião da Antiga Roma estava caracterizada por dois elementos fundamentais. Primeiro: era uma Religião elaborada pelo homem que habita o mundo, que é constituído por Deuses, e com estes ele mantinha relacionamentos recíprocos para interesses comuns. Segundo: a Religião da Antiga Roma era a religião da transformação, do tempo, da ação, de um contrato entre os sujeitos que agem. Estas são as condições que a filosofia estoica e platônica jamais compreenderam e, a ação delas deformou, até os dias de hoje, a interpretação da Antiga Religião de Roma, nivelando-a aos modelos estáticos do platonismo e neoplatonismo primeiramente, e ao modelo do cristianismo depois. Retomar a tradição religiosa da Antiga Roma, de Numa, significa sair fora dos modelos cristãos, neoplatônicos e estoicos para se retomar a ideia do tempo e da transformação em um mundo que se transforma.