Os Deuses que nascem pelos coitos de Zeus com os Deuses Olímpicos são Deuses que se referem à racionalidade, e ao quotidiano, dos Seres da Natureza e dos Seres Humanos que é o nosso caso. Zeus constrói o quotidiano obtendo-o dos Titãs e dos filhos dos Titãs. Mistura os caracteres e as características para gerar a possibilidade dos Titãs tornarem-se manifestações dos Seres da Natureza, reduzindo, de fato, a generalidade universal à especificidade racional do quotidiano.
Engolir Métis não significa destruir Métis, mas transformar Métis, transformar a sua inteligência para planejar em uma inteligência para arquitetar, que esteja dentro da razão, para que os Seres da Natureza possam usufruir dessa inteligência podendo utilizá-la e manifestá-la nas suas ações.
Deste modo, Métis, através da racionalidade de Zeus, e na figura de Atena, baixa nos Seres da Natureza e também nos Seres Humanos que somos nós.
Na Teogonia de Hesíodo, Métis é a primeira companheira de Zeus, porém Atena nasce quando Zeus está como o companheiro de Hera. Com o nascimento de Atena, Métis desaparece do horizonte humano, no entanto está dentro de Zeus onde cada homem e cada mulher deve engoli-la cada vez que eles ou elas se transformam em Bruxos (Stregoni e Streghe).
A última parte da Teogonia é quase um elenco dos Deuses do presente, como eram expressos nos tempos de Hesíodo. A mim interessa evidenciar como estes DEUSES representam os valores para os Seres Humanos e exprimem um divino que, dentro dos Seres Humanos, impulsiona ao crescimento. Um valor, um princípio, um instrumento que estimula a estrutura psico-emotiva e cujo escopo é a transformação do presente em função da fundação do futuro, no qual Seres Humanos e Deuses possam construírem-se nas mudanças infinitas.
Os Deuses Titãs constroem o mundo do tempo; os Deuses Olímpicos constroem o mundo da forma, da descrição e da quantidade.
Hesíodo escreve na Teogonia traduzida por Romagnoli:
- Depois gerou Atena do seu próprio cérebro, olhos azuis, indômita, grandíssima, que guia exércitos, excita aos tumultos, onde os gritos são conflituosos, às guerras, e às batalhas. -
Hesíodo, Teogonia 924 - 926
Atena representa a primeira criação de Zeus ou melhor, se desejarmos, a primeira divindade que se gera de Zeus para que os Seres, filhos de Hera, possam vir a ser Deuses e batam com força e determinação às portas do Olimpo.
Imaginemos as primeiras formas de vida sobre o planeta, que começam a se tornar conscientes delas mesmas, e naquele momento inicia-se a "luta" para que a própria autoconsciência possa persistir e expandir-se no mundo onde vieram a ser. Inicia-se a "luta pela vida" e o seu nome é Atena.
O título pelo qual Atena era chamada é "Palas". Aquela que arremessa a lança. Aquela que está armada com lança. Aquela que combate com a lança. Para combater arremessando a lança é necessária uma grande habilidade e uma grande precisão. Combate-se com a lança tanto a uma distância aproximada como atirando-a, e Atena era uma atiradora de lança. Combate antes que o inimigo dela se aproxime.
O atirador de lança tem à sua disposição somente um arremesso para golpear o inimigo.
Para atingir a essa façanha é necessário conhecer os apetrechos que se possui. É necessário ser hábil no uso de tais apetrechos. Quando analisamos o conjunto (em que vivemos) devemos dizer que o "arremessar a lança", em defesa da própria sobrevivência, nada mais é que: A Arte da Armadilha!
Onde:
1. O atirador de lança conhece a si mesmo e as suas possibilidades;
2. O atirador de lança analisa o território da caça;
3. O atirador de lança tem o Intento daquilo que faz;
4. O Intento do atirador de lança está expresso na sua necessidade particular (o Intendo está no íntimo do atirador de lança!);
5. O atirador de lança individualiza o objetivo do seu Intento;
6. O atirador de lança observa o objeto;
7. O atirador de lança coloca a sua própria pessoa na competição do seu objetivo;
8. O atirador de lança se funde com o ambiente no qual age (fundir a si mesmo com a objetividade significa fusão empática do sentir, do intuir, das emoções e das intuições!)
9. O atirador de lança se esquiva de ser um sujeito de armadilha;
10. O atirador de lança aguarda o momento propício;
11. O atirador de lança golpeia o objeto satisfazendo a sua própria necessidade, relaxando a sua tensão e alimentando o intento da sua transformação particular;
O atirador de lança tem somente uma possibilidade. Tudo depende dessa possibilidade. Se diante de tal possibilidade ele não está pronto, não está munido, ele perde essa possibilidade. Ele sucumbe!
A primeira característica que notamos é que Atena nasce da cabeça de Zeus já vestida, e armada. Nascerem vestidos e armados significa nascerem preparados, equipados. Provavelmente não ainda hábeis para enfrentarem a vida, mas equipados para fazê-lo, salvo o exercício subjetivo da sua vontade própria, com a qual a Autoconsciência escolhe as mudanças individuais apropriando-se da Necessidade que a estimulou a nascer. Nascer da cabeça significa nascer no e pelo pensamento da razão.
Atena é a essência divina que Zeus insere como base, como um princípio dos seus filhos, para que eles possam bater às portas do Olimpo, e virem a ser Deuses também eles.
Os filhos de Hera deverão tornarem-se os "atiradores de lança" prodigiosos, porquê dispõem somente de uma ocasião na qual construírem a si mesmos e transformarem a morte do corpo físico em nascimento do corpo luminoso. Os filhos de Hera dispõem de apenas uma oportunidade para se construírem. De modo que, se Hera alimenta os seus filhos com a finalidade dela mesma se alimentar, a filha de Métis baixada em cada Ser ensina a arte de "arremessar a lança" por toda a existência transformando a morte do corpo físico em nascimento do corpo luminoso.
Cada Ser Humano nasce equipado com aquilo que a sua espécie à qual ele pertence o muniu, e daquele momento, usando a sua vontade própria, torna-se um lançador de lança exercitando-se para estar pronto para o único arremesso , com que ele conta em toda a sua existência: transformar a morte do corpo físico em nascimento do corpo luminoso.
Às regras estabelecidas pelos Titãs, na construção do mundo do tempo, Zeus acrescenta as suas regras particulares: a primeira delas é Atena. Veremos a seguir que, somente agindo deste modo, Zeus pode gerar, através do crescimento, Demetra, Prosérpina, que unindo-se a Hades, constrói uma das grandes estratégias de existência do Ser da Natureza germinando de Hera. Hécate já vive e precede os DEUSES, porquê filha de Titãs, Zeus e Demetra colocam ao lado dela Prosérpina. Germinar em Hera, crescer e transformar-se (Demetra) permite ao sujeito germinado transformar-se em um deus, que é recebido por Hécate no momento da morte do corpo físico.
Portanto, o Ser da Natureza nasce vestido com o equipamento que a sua espécie própria forneceu-lhe, para que ele afronte o grande combate da vida. Neste combate deverá aprender a condensar a sua Energia Vital particular , o seu corpo luminoso particular, construindo-o e preparando-o para a transferência da sua Autoconsciência individual no ato da morte do corpo físico. O Ser, germinado na Natureza, obtendo este resultado enriquecerá as possibilidades da sua espécie, para que ela tenha outras novas possibilidades (nas transformações). O Ser Humano nasce guarnecido, em razão da sua espécie específica, de mãos, pés, sentidos, condições emocionais e psíquicas, estas são as suas determinações que deverá aperfeiçoar, purificar e enriquecer. Outras espécies da Natureza nascem dotadas com outras determinações que deverão purificar para a transformação, também elas, da morte do corpo físico em nascimento do corpo luminoso. Cada um inicia o caminho, a longa trajetória da sua vida, partindo daquilo que a sua própria espécie construiu em milhões de anos de transformações e adaptações, através dos quais, o muniu da melhor forma. Cada um que nasce na Natureza deverá:
1. aprender a conhecer a si mesmo e as suas possibilidades, se pretender arremessar a lança;
2. Deverá analisar o mundo no qual ele veio a ser, se pretender arremessar a lança;
3. Deverá alimentar o Intento nas suas ações; se desejar arremessar a lança;
4. Deverá reconhecer o Intento manifestado pelas suas necessidades, se pretender arremessar a lança;
5. Deverá individuar o objetivo do seu Intento, que satisfaz as suas necessidades; se pretender arremessar a lança;
6. Deverá aprender a contemplar os objetos que estão em condições para satisfazer as suas necessidades e enxergar o mundo com os olhos deles; se pretender arremessar a lança;
7. Deverá aprender a dispor de si mesmo em relação ao objeto do seu intento próprio, se pretender arremessar a lança;
8. Deverá subjetivar necessidades e tensões da objetividade em que vive, se pretender arremessar a lança;
9. Deverá aprender a esquivar-se das armadilhas, miradas pela objetividade, quando estas são destrutivas, se desejar arremessar a lança;
10. Deverá aprender a ter paciência, aguardar para que todos os fenômenos da objetividade coincidam para que ele possa manifestar o intento próprio, se desejar arremessar a lança;
11. Deverá, por fim, arremessar a lança com toda a força, com a decisão e a determinação que terá acumulado no decorrer da sua existência, se pretender bater às portas do Olimpo
O último e único arremesso da lança da vida deve golpear o sinal do intento: transformar a morte do corpo físico em nascimento do corpo luminoso. Um lançamento feito com tudo o que se acumulou no decorrer da existência particular que vem a ser: a munição emotiva com a qual nasce-se no mundo novo!
Por quê último e único arremesso da lança? Porquê não existe uma segunda possibilidade!
Não existe a reincarnação, o carma ou a metempsicose, nem existe a eternidade da alma ou o inferno, o nirvana ou qualquer tipo de limbo. Nada existe senão o mundo em que vivemos, salvo a perspectiva e os olhos (os sentidos) com os quais o enxergamos. Os Seres da Natureza têm somente essa possibilidade! A vida física por meio da qual construírem o corpo luminoso. Se desperdiçam esta possibilidade então não terão outras. Renunciaram a incubarem a si mesmos. Chegaram ao fim das suas vidas físicas, sem terem acumulado poder e energia suficientes para empunharem a lança da vida e golpearem o objetivo do Intento deles.
Este é o significado de Palas Atena!
A este significado devemos levar em consideração outros significados tirados dos atributos com os quais Atena é narrada e representada. Vejamos como, de qualquer modo, estes atributos não têm outra interpretação senão a confirmação do divino, que é manifestado por meio do significado de Palas.
Antes de qualquer coisa, Atena é identificada como divindade da guerra. Uma divindade forte de tal modo que, o próprio Ares não está em condições de opor-se a ela. Embora Ares seja filho de Zeus e Hera. Vejamos que Ares é a guerra, a contraposição que produz as mudanças das quais jorra a vida. Atena é a guerra realizada com vontade e nous (nous entendido como inteligência, sendo esta produto de: pensamento, intenção, projeto, escopo, entendimento, modo de pensar, modo de julgar, sentimento e intuição) do sujeito que tem como desígnio alcançar a um Intento, que é a expressão das suas necessidades particulares. A solução da contraposição na direção que é desejada pelo sujeito, que participa da contradição tendo provocado a mesma.
À Hera não interessa tomar conhecimento de como a oposição, entre os Seres viventes, será resolvida: a vida vence sempre! Hera triunfa de qualquer maneira! Seja qual for o aspecto que prevaleça na contraposição, em qualquer combate, a vida vence sempre. À Hera o importante é a existência da contraposição, porquê a contraposição é a essência divina da sua expansão, por meio da expansão dos sujeitos da Natureza, de Hera, que formam-na.
Atena manifesta-se no sujeito. É uma representação, mediante a ação, de um lado divino do indivíduo da Natureza. O indivíduo, agindo estrategicamente na vida cotidiana, alimenta a Atena dentro dele que então constrói (ou entra em contato) a relação com a Atena objetiva, quando o sujeito exprime Atena nas suas ações. Exatamente porquê ele exprime Atena, o sujeito atua com cautela nos confrontos, em vez de neles padecer e deixar-se arrastar por eles. A pessoa exercita a sua estratégia individual para escolher, naquelas condições assomadas, e portanto, para poder satisfazer a necessidade da qual o Intento é expressão naquela situação.
Por este motivo, Atena é a representação divina no que é desafio ao habitar-se o mundo.
O desafio é o veredito da assembléia julgadora: Atena preside a essa assembléia e manifesta nesta o seu ser Deusa específica!
O desafio é o mesmo dos artesãos que se munem, e munem a própria sociedade, com instrumentos aptos a construírem bem-estar:
Atena manifesta neles o seu ser Deusa específica!
À Atena são atribuídas as invenções dos objetos, que servem para melhorarem o Sistema Social. À Atena é atribuída a invenção da roda do oleiro, o esquadro do carpinteiro, a roca de fiar, o cabresto para os cavalos, e a flauta (que porém não sabe tocá-la e joga-a fora), O decálogo da arte da armadilha que é descrito, como manifestação da vida do Ser da Natureza, é transferido no dia a dia e exprime-se em cada invenção, em cada desafio, em cada projeto. Disto, o decálogo que manifesta a grande Atena como transformação da Vida de cada Ser que se constrói na Natureza. Atena se materializa e se manifesta através da prática do decálogo usado pelo Ser da Natureza para alcançar os objetivos e os Intentos, respondendo, aos pequenos e aos grandes desafios cotidianos que a vida nos apresenta ou aquilo que o sujeito escolhe. De modo que a invenção, a intuição de gênio, é a manifestação de Atena no sujeito que chamou a grande Atena para ficar ao seu lado nas suas realizações.
A invenção, como o desafio do raciocínio e para a construção da Justiça, é o objetivo que o atirador de lança pretende golpear.
Objetivo sobre objetivo, desafio após desafio, o Ser da Natureza se prepara para o grande objetivo que deverá golpear: a transformação da morte do corpo físico em nascimento do corpo luminoso.
O extraordinário Ulisses concluiu a sua viagem por meio do poder de Atena. Atena intervém e é guardiã das várias viagens e dos inúmeros trabalhos através dos quais, Hércules de Ser Humano transforma-se em um DEUS, e entra no Olimpo: a oposição afrontada com inteligência, necessidade e intento!
Para terminar o discurso sobre o poder da vida que Zeus baixa nos Seres germinados em Hera, através de Atena, quero mencionar o simbolismo representado por alguns animais atribuídos à Deusa.
O Galo, a Coruja e a Serpente.
Cada animal atribuído aos Deuses manifestava os atributos particulares daquele específico DEUS. O problema a ser recordado é que os atributos que os Seres Humanos indicavam, naquele singular animal, eram e são próprios da cultura do Sistema Social no qual a necessidade daqueles atributos, bem como a tradução simbólica deles geram. Assim, um animal simboliza alguma coisa em uma determinada cultura, enquanto simboliza alguma coisa de diferente em uma outra cultura. Uma cultura é portadora de algumas necessidades, enquanto uma outra cultura manifesta outras necessidades.
As particularidades dadas à Atena através dos animais aos quais estava associada, não tinham outro significado a não ser os atributos materiais e psíquicos, através dos quais a DEUSA se manifesta nos Seres da Natureza.
O Galo era o símbolo da Energia Vital. Um símbolo da Energia Vital que está pronta para transformar-se em Autoconsciência, porque estava associada à divindade que a manifestava. Não era a Energia Vital que impulsionada pela Necessidade se movia nos espaços siderais, era aquilo emitido por Hélios e Selene, a luz de vida deles. A luz que permite Hera germinar sempre novas Autoconsciências. O galo estava associado a Zeus e era a arte da magia da vida de Esculápio como manifestação do poder de Apolo e ligado a Hermes. Somente a Energia Vital que se transforma em Autoconsciência pode viver e desenvolver-se através do decálogo que descrevemos e manifestar tal decálogo no cotidiano para a satisfação das necessidades próprias. Um Galo representa Atena porque ela vive nas manifestações da Energia Vital consciente. Quantas estratégias deve um galo realizar para poder copular do começo ao fim do dia?
A Energia Vital consciente se move como uma Serpente. Tomando forma e substância em cada movimento. A Serpente simboliza a vida. Haverão mil obstáculos, mas a vida vence sempre. Se move entre os obstáculos, se adapta nos abismos e avança, avança sempre. No avançar da vida, nas escolhas do avançar da vida, existem as manifestações de Atena. A serpente é representada no bastão de Esculápio e é o símbolo da vida, como é entendida nos Seres da Natureza germinados em Hera.
Finalmente a Coruja. É o símbolo do Conhecimento e do Saber que agarra-se para munir o indivíduo e, assim, sendo um símbolo para afrontar, do melhor modo, a oportunidade para transformar a morte do corpo físico em nascimento do corpo luminoso.
Para a compreensão disto aconselho a leitura do que está escrito na "Estrada de Ouro" (Sentiero d'oro):
"Sorte conduz o Ser (Fato conduce l'Essere)
E o Ser se torna Minerva (E l'Essere diventa Minerva)
Minerva ensina ao Ser o voo da coruja: a coruja do Conhecimento nas trevas da ignorância. (Minerva insegna all'Essere il volo della civetta: la civetta della Conoscenza nel buio dell'ignoranza). Um voo atraente e silencioso para não deixar-se engolir pelas trevas; (Un volo aggraziato e silenzioso per non farsi inghiottire dal buio; um voo decidido e determinado para agarrar o Saber naquele lugar aonde ele se encontra (un volo deciso e determinato per artigliare il Sapere là dove si trova)"
É a ação da Energia Vital (o Galo) transformada em vida da Autoconsciência da Natureza (a Serpente); realiza a arte da armadilha ou o atirador de lança (Coruja) para poder transformar a morte do corpo físico em nascimento do corpo luminoso. A ação de Atena estará evidente nas vicissitudes de Hércules que, precisamente para manifestar Atena, Hércules transformará a morte do corpo físico em nascimento do corpo luminoso e assim, entrando triunfante, ao Olimpo e acolhido por todos os Deuses (incluída a Hera!).
Atena no mito e nos hinos Homéricos, escritos em época quase contemporânea à época de Hesíodo, dizem-nos como a Deusa, nascida da cabeça de Zeus já com armas, executa, como a primeira ação, a de agitar a lança diante do rosto de Zeus: desafia o poder.
- Começarei a cantar Palas Atena
[...]
o sapiente Zeus gerou-a sozinho, da sua cabeça venerável, já munida com as armas da guerra douradas e brilhantes. Todos os imortais ficaram pasmados diante deste espetáculo: ela saltou para fora da cabeça imortal, rapidamente, agitando uma lança brilhante diante de Zeus Egioco. O vasto Olimpo estremeceu, tenebrosamente, com a coragem da deusa dos olhos luminosos, a terra liberou um grito terrível, o mar desordenou-se, intumescendo com vagalhões espumantes. Depois, de improviso, as ondas cessaram, o luminoso filho de Hiperião imobilizou por longo tempo os cavalos velozes, até que a virgem Palas Atena tivesse tirado dos seus ombros imortais as armas divinas: e o sapiente Zeus se alegrou. -
Extraído dos: Hinos Homéricos aos cuidados de Giuseppe Zanetto, ed. Bur, ed. 2000
Esta é Atena e o quanto Zeus Egioco colocou para que seja um princípio dos Seres, que germinam em Hera, para que pudessem entrar ao Olimpo!
Escrito original: Marghera, 21 de novembro de 2000
*NOTA*: As citações da Teogonia de Hesíodo são extraídas da tradução de Ettore Romagnoli "Hesíodo os poemas" Edição de Nicola Zanichelli, Bolonha 1929
Nota através da transmissão radiofônica do ano 2000 - início da revisão em 18 de setembro de 2014
Revisão
Marghera, 04 de novembro de 2014
A tradução foi publicada 23 de fevereiro de 2016
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
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Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz Stregone Guardião do Anticristo Membro fundador da Federação Pagã Piaz.le Parmesan, 8 30175 - Marghera - Venezia - Italy Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
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A Religião Pagã forjou uma visão própria do mundo, da vida e do vir a ser das consciências desde as origens do tempo. Tais ideias coincidem no tempo presente com as ideias das religiões e dos primeiros cultos antes da chegada da filosofia, e foram hostilizadas militarmente pelo ódio cristão contra a vida. Analisar Hesíodo nos permite clarificar o ponto de vista da Religião Pagã.