Eros o Intento
A Estirpe dos Titãs
As imagens da religião Pagã Teogonia de Hesíodo
Claudio Simeonitraduzido por Dante Lioi Filho
Il libro
A Estirpe dos Titãs em Teogonia de Hesíodo
GAIA é a matriz, a matéria, a essência, o *archè* sem o qual a vida não é possível, a Consciência não é possível, os deuses não são possíveis, os mortais do Ser Natureza não são possíveis, nem é possível a transformação deles em deuses eternos.
GAIA é essência de cada coisa existente: a NECESSIDADE de cada uma!
EROS é a direção de desenvolvimento de cada coisa existente: o INTENTO de cada uma!
NECESSIDADE e INTENTO constituem o PAI de cada AUTO CONSCIÊNCIA. Sem NECESSIDADE e INTENTO, as Auto Consciências não têm substância nem direções de existência, nem razão para se fundarem.
EROS é a força presente em cada manifestação. Seja ela NECESSIDADE pura, seja a força apropriada para a Auto Consciência através da VONTADE! É a capacidade da Auto Consciência para tornar-se deus, dilatando-se no infinito das mutações.
EROS é força da dilatação subjetiva! EROS é manifestação de cada subjetividade enquanto ela se manifesta! EROS é dilatação, expansão, penetração daquilo que GAIA foi em e de cada coisa existente, na tentativa de tornar a trazer GAIA! EROS é memória da reconstrução da Auto Consciência de GAIA quando GAIA, quando ela renunciou as determinações da sua própria Auto Consciência, se destrói para germinar novamente a si mesma.
GAIA destruiu a sua Auto Consciência: quem reconduz à novamente se formar aquela Auto Consciência? EROS, manifestação de cada coisa existente! EROS, direção de cada transformação! EROS, ato através do qual a Auto Consciência se apropria e permeia NECESSIDADE, que manifestou essa Auto Consciência por meio da VONTADE.
VONTADE: ato de amor com o qual a Consciência de Si mesma se apropria da NECESSIDADE, manifestação de GAIA de cada Auto Consciência individual! VONTADE, ato de amor, com o qual a Consciência de Si mesma se expande porque foi GAIA; manifestação de EROS no renascimento de GAIA!
"EROS, o mais belo entre os imortais!"
EROS se manifesta na espécie humana através das relações sexuais. Sem as relações sexuais não existe dilatação da espécie humana: somente a sua morte!
As limitações, os constrangimentos, os limites impostos às relações sexuais matam lentamente os Seres Humanos, seja como indivíduos seja como espécie. A limitação de EROS nas espécies e nas Auto Consciências mata o vir a ser mágico delas, nas mutações eternas. Os Seres Humanos são colocados de joelhos quando se mata EROS dentro do coração deles; mantem-se o controle e a submissão dos Seres Humanos quando são colocadas as rédeas ferozes em EROS, que incita os Seres Humanos para poder se exprimir, mas quando limitado e submetido à regras e condições faz com que os Seres Humanos se arrastem submetidos e humilhados para poderem manifesta-lo.
Como nos Seres Humanos, assim também NECESSIDADE se manifesta, por meio de EROS, em cada Ser, em cada Auto Consciência, em cada caminho de desenvolvimento daquilo que existe.
EROS, o mais belo entre os imortais, é o ímpeto em direção à transformação eterna, que em cada Ser e em cada Auto Consciência é imposto no desejo de uma relação, que tem a finalidade da transformação no infinito, dilatando deste modo a Auto Consciência na objetividade em que é formada.
EROS é essência de cada Ser existente, a sua representação como Ser, o fim das suas ações!
Não existe ofensa à vida que não seja uma ofensa a EROS!
EROS é a alma de GAIA, a reconstrução dela!
A primeira reconstrução de GAIA que surge aos olhos do vidente humano é o CÉU ESTRELADO!
A primeira Auto Consciência que o vidente humano encontra ou, se preferirem, a última antes do imenso silêncio, é o FIRMAMENTO ESTRELADO!
O céu estrelado aparece ao vidente humano como Auto Consciência única, com uma forma e um nome, com aparições e características próprias do Intento que ele percebe: o seu ser EROS.
"Eros, o mais belo entre os
imortais,
que rompe os membros, e de todos
os deuses e de todos os homens
domina o coração no peito e o
sábio conselho!"
Eros rompe os membros. Eros rompe a forma da representação da Auto Consciência. Eros projeta cada Auto Consciência além da forma na qual ela se constrói. Projeta-a além das mutações amansando a veemência do sentir, que incita o coração a fazer da forma em que ela existe, a única forma em que se possa conceber a existência.
Eros rompe os membros da razão, a sua estabilidade, para incitar o Ser a voltar o olhar para o desconhecido que o cerca. O sábio conselho que quebra a gaiola de cada presente, que desejaria encerrar em si o que cada Auto Consciência já se tornou. Cada gaiola que pretende bloquear o desenvolvimento do Poder de Ser de cada Auto Consciência no universo! O conselho sábio de Eros, que nos Seres se torna tensão e Necessidade manifestada nas finalidades das suas ações, para a construção do futuro deles.
Eros, o sêmen do universo cuja força faz com que GAIA regenere a si mesma!
O céu estrelado surge ao vidente como um corpo, que diante dele, exprime a sua Auto Consciência humana, para lhe apresentar as suas aspirações em relação à existência do Ser Humano!
O céu estrelado surge através da sua VONTADE e com o exercício das suas DETERMINAÇÕES em relação à percepção do vidente humano, em relação ao exercício da sua VONTADE e do seu EROS:
NOTA:Texto original 1999
(Trecho extraído da Obra de Claudio Simeoni *A Estirpe dos Titãs*, um trabalho iniciado em 27.12.1999)
A tradução foi publicada 22 de abril 2015
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
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Claudio Simeoni Mecânico Aprendiz Stregone Guardião do Anticristo Membro fundador da Federação Pagã Piaz.le Parmesan, 8 30175 - Marghera - Venezia - Italy Tel. 3277862784 e-mail: claudiosimeoni@libero.it |
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A análise da Teogonia de Hesíodo
A Religião Pagã forjou uma visão própria do mundo, da vida e do vir a ser das consciências desde as origens do tempo. Tais ideias coincidem no tempo presente com as ideias das religiões e dos primeiros cultos antes da chegada da filosofia, e foram hostilizadas militarmente pelo ódio cristão contra a vida. Analisar Hesíodo nos permite clarificar o ponto de vista da Religião Pagã.